tag:blogger.com,1999:blog-204898912024-03-13T22:37:20.132+00:00Estou alémPaulahttp://www.blogger.com/profile/04474201838375375194noreply@blogger.comBlogger88125tag:blogger.com,1999:blog-20489891.post-86990694457526461742009-11-01T20:03:00.002+00:002009-11-01T20:11:25.154+00:00Golda não, folte.<a href="http://1.bp.blogspot.com/_IEPs6BuvvFY/Su3qAL1V_AI/AAAAAAAAAKc/OD9Cv0uJ_wM/s1600-h/Gorda.jpg"><span style="font-family:arial;"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 200px; FLOAT: left; HEIGHT: 140px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5399228817184521218" border="0" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_IEPs6BuvvFY/Su3qAL1V_AI/AAAAAAAAAKc/OD9Cv0uJ_wM/s200/Gorda.jpg" /></span></a><span style="font-family:arial;"><span style="mso-ansi-language: PT">Em miúda sempre fui gorda. Não era gordinha, nem cheiinha, nem fofinha, nem forte (não, mãe, não era forte!). Era mesmo gorda. Gorda ao ponto de nas lojas nada me servir e de ter de comprar roupa números acima da minha idade, gorda ao ponto de deixar umas calças de ganga deformadas com o volume da minha barriga, gorda ao ponto de me chamarem Moby Dick na piscina. Já perceberam a ideia, não?<?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /><o:p></o:p></span> </span><div><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT;font-family:arial;" ><o:p></o:p></span></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">Durante um certo tempo eu não me apercebi que era assim tão gorda, nem de que isso era assim tão mau. Afinal, até ali sempre tinha visto pessoas de todos os feitios e formatos viverem em conjunto de forma relativamente pacífica e sem grandes conflitos (ou pelo menos, não conflitos que resultassem da sua aparência física). Vivia feliz no meu mundinho de comida condimentada e doces saborosos, numa inocência condizente com os cerca de 5 ou 6 anos que devia ter. Até ao dia em que, num recreio de escola, uma besta qualquer (leia-se “o meu vizinho da frente e melhor amigo na altura”) resolveu chamar-me baleia, ao mesmo tempo que me atestava um murro e alguns empurrões que me deitaram por terra. Tudo com vários outros cretinos (não sei se já repararam que, além de serem “a melhor coisa do mundo”, as crianças são verdadeiras idiotas, mais cruéis que Mussolini e com o individualismo de um rebanho de ovelhas) a rirem-se da piada. Claro que no dia a seguir, servindo-me do facto de ele ter a consistência de um palito (certamente já ouviram falar da dupla “Bucha e Estica”), além de lhe dar um valente atesto de pancada diante do mesmo público do dia anterior, ainda lhe coloquei a alcunha que o havia de perseguir durante toda a primária: Sacholas (escusado será dizer que o menino tinha os dentinhos da frente um pouco proeminentes…). Naqueles dois dias aprendi duas lições: não se pode confiar em ninguém e “não te zangues, vinga-te.”. <o:p></o:p></span></span></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">O problema é que essa questão ficou resolvida, mas o trauma de ser gorda nunca mais me largou: dos 10 anos em diante foram dietas atrás de dietas, oscilações de peso entre o “boazona” e o “desvia-te que estás a tapar o sol”. Eu bem queria ser racional (ou inteligente) o suficiente para o sacudir, mas confesso que é complicado. Desde que comecei a trabalhar, a actividade tem ajudado a conseguir comer mais ou menos o que quero (pelo menos numa das refeições do dia ou dia sim dia não), mas mais 1 ou <?xml:namespace prefix = st1 ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:smarttags" /><st1:metricconverter st="on" productid="2 kg">2 kg</st1:metricconverter> na balança e lá vou eu jantar cereais ou só uma peça de fruta, enquanto experimento todos o tipo de cremes, actividades físicas e milagres estéticos para ajudar. O que é certo é que, por muito que me digam que estou dentro do peso normal (atenção que eu não sou nada fã de mulheres magrinhas: gosto muito de curvas e é isso que acho sensual: peito, anca, rabo, tudo no sítio) e que os números da roupa confirmem, de vez em quando olho para o espelho e vejo lá aquela miúda gorducha.<o:p></o:p></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT;font-family:arial;" ><o:p></o:p></span></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">Bem, tudo isto para dizer que nos últimos dias aconteceram duas coisas que quase me levaram novamente a esse mundo de insegurança. <o:p></o:p></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">Primeira: vou a um gabinete de estética novo (usufruir da oferta de uma porcaria de um cartão qualquer a que aderi) e a “técnica”, mirando-me de cima a baixo no início da “consulta”, pergunta: “Excesso de peso, tem?”. Devo ter ficado a olhar para o animal esquelético durante cerca de meio segundo, a pensar para mim mesma “Fome, passas?”, para depois responder entredentes: “Não.”.<o:p></o:p></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">Segunda: vou comprar umas meias de descanso a uma parafarmácia. A empregada, simpática, pergunta “Altura e peso? Só para calcular o tamanho necessário…”. Respondo eu: “1,65m, 53kg.”. E vai ela: “63kg?”. Só me apeteceu arrancar-lhe o sorriso da cara à bofetada. 63kg, grande asno? <st1:metricconverter st="on" productid="63 kg">63 kg</st1:metricconverter>? Eu pareço que tenho <st1:metricconverter st="on" productid="63 kg">63 kg</st1:metricconverter>?!<o:p></o:p></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT;font-family:arial;" >Isto tudo no espaço de 1 semana. Felizmente, passada a fúria, tive o distanciamento de pensar “Porra, então eu visto um 36 - ou pelo menos, quase sempre… - e estas cabras a dar-lhe?? Querem saber mais? Foltam-se vocês!”</span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"> </p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT;font-family:arial;" ><o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT;font-family:arial;" ><o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="font-size:78%;"><span style="font-family:arial;"><span style="LINE-HEIGHT: 150%; mso-ansi-language: PT">Imagem: retirada do blog </span><span style="LINE-HEIGHT: 150%" lang="EN-US"><a href="http://filomena-emsegredo.blogspot.com/2008/02/pinturas-de-botero.html"><span style="mso-ansi-language: PT;color:windowtext;" lang="PT" >filomena-emsegredo.blogspot.com</span></a></span><span style="LINE-HEIGHT: 150%; mso-ansi-language: PT"><o:p></o:p></span></span></span></p></div>Paulahttp://www.blogger.com/profile/04474201838375375194noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-20489891.post-50398774326585679432009-10-19T19:32:00.002+01:002009-11-01T20:11:10.772+00:00Inesquecível.<a href="http://3.bp.blogspot.com/_IEPs6BuvvFY/StyxQnDKlTI/AAAAAAAAAKU/8zdYFG1xG0g/s1600-h/Ruy+CF.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 126px; FLOAT: left; HEIGHT: 105px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5394381352601294130" border="0" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_IEPs6BuvvFY/StyxQnDKlTI/AAAAAAAAAKU/8zdYFG1xG0g/s200/Ruy+CF.jpg" /></a><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">Às vezes temos a sorte de conhecer pessoas que nos tocam. Pessoas que, por terem um percurso de vida excepcional e um carácter fora do comum, se distanciam do comum dos mortais. Pessoas que inevitavelmente deixam a sua marca em todos aqueles que cruzam o seu caminho. Estas pessoas são maiores que a vida e, quando partem, deixam para trás muito mais que uma sensação de perda irreparável e um mar de saudades inconsoláveis. <?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /><o:p></o:p></span></span><div><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><o:p><span style="font-family:arial;"></span></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">Eu tive o privilégio de conhecer uma dessas pessoas. Mais do que isso, tive a honra de estar suficientemente próxima para quase me poder considerar da sua família. Estimo cada momento que passei com ele e todos os pedacinhos de sabedoria com que me presenteou. Recordo já com imenso carinho os fragmentos de vida que amavelmente partilhou comigo. Infelizmente, nem aqui é lugar, nem eu me sinto à altura de apresentar uma vida transbordante de feitos grandiosos, caracterizada por uma inestimável riqueza de pormenores, plena de vivências invejáveis, marcada por intensas alegrias e sucessos, ferida por profundas tristezas e desilusões. <o:p></o:p></span></span></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">Posso apenas tentar revelar um pouco do Homem que conheci. Este Homem, que percorreu mundo, ergueu um império jornalístico e marcou de forma indelével uma época, nunca esqueceu aqueles que dele precisaram. Este Homem, conhecido pela vontade férrea, feitio intransigente e reacções coléricas, não hesitava em louvar abertamente o amor da sua vida, exibindo fotografias e relatando os feitos daquela que escolheu para companheira de vida. Já não se fazem homens assim. O molde partiu-se e os últimos exemplares teimam em cansar-se de um mundo demasiado pequeno e mesquinho para eles.<o:p></o:p></span></span></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><o:p><span style="font-family:arial;"></span></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">Nunca vou esquecer a forma carinhosa como me incluiu no seu coração. Retribuo mantendo-o para sempre no meu. Adeus Sr. R.<o:p></o:p></span></span></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><o:p><span style="font-family:arial;font-size:78%;"></span></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="font-family:arial;"><span style="font-size:78%;"><span style="LINE-HEIGHT: 150%; mso-ansi-language: PT">Imagem: retirada do site </span><span style="LINE-HEIGHT: 150%" lang="EN-US"><a href="http://comunidadedetete.multiply.com/"><span style="mso-ansi-language: PT;color:windowtext;" lang="PT" >comunidadedetete.multiply.com/</span></a></span><span style="LINE-HEIGHT: 150%; mso-ansi-language: PT"><o:p></o:p></span></span></span></p></div>Paulahttp://www.blogger.com/profile/04474201838375375194noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-20489891.post-37915553299038882032009-10-13T18:09:00.004+01:002009-11-01T20:10:56.003+00:00Poupem-me.<a href="http://4.bp.blogspot.com/_IEPs6BuvvFY/StS1Q5viwuI/AAAAAAAAAKM/_QQN3gwxqKU/s1600-h/Grow+up"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 144px; FLOAT: left; HEIGHT: 200px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5392133955852092130" border="0" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_IEPs6BuvvFY/StS1Q5viwuI/AAAAAAAAAKM/_QQN3gwxqKU/s200/Grow+up" /></a><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">Estou fartinha, fartinha, fartinha. Até às pontinhas dos cabelos.<?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /><o:p></o:p></span></span> <div><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">Estou fartinha de <i style="mso-bidi-font-style: normal">prima donnas</i>. Estou fartinha de profissionais competentíssimos que nunca se enganam. Estou fartinha que se tentem esconder enganos atrás de paternalismos boçais. Estou fartinha de trabalhos feitos com desleixe (1º regra que aprendi na vida profissional: demora tanto tempo a fazer bem como a fazer mal). Estou fartinha de pessoas dissimuladas. Estou fartinha de ataquitos de histeria. Estou fartinha de que se justifique a má-criação com excesso de trabalho. Estou fartinha de desresponsabilizações. Estou fartinha de burrice mascarada de indignação. Estou fartinha de egos que não correspondem ao talento. Estou fartinha do elogio do “eu”. Estou fartinha de que as pessoas esperem palmadinhas nas costas por fazerem o seu trabalho. Estou fartinha de cochichos e insinuações maldosas. Estou fartinha de cobardias e pessoas com 2 caras. Estou fartinha de espectáculos deprimentes. Estou fartinha de jibóias, cobras e minhocas com pretensões a víbora.<o:p></o:p></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><o:p><span style="font-family:arial;"></span></o:p></span></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">Também estou cansada. Física e psicologicamente esgotada.<o:p></o:p></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">Estou cansada de ver pessoas dignas serem postas em causa. Cansada de não ver o mérito atribuído a quem de direito. Cansada de ver alguns enteados a tentar sobreviver num terreno fértil em filhos. Cansada de sentir mais desprezo que admiração. Cansada de ver joguinhos de poder e associações tenebrosas. Cansada de tentar ter esperança. Cansada de nada mudar. Cansada de estar cansada.</span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;"> </span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="font-family:Arial;"></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="font-family:Arial;"></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;"><o:p></o:p></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><o:p><span style="font-family:arial;"></span></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="LINE-HEIGHT: 150%; mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;font-size:78%;">Imagem: </span><a href="http://palavrasescondidas-maria.blogspot.com/2009_05_01_archive.html"><span style="color:windowtext;"><span style="font-family:arial;font-size:78%;">http://palavrasescondidas-maria.blogspot.com/2009_05_01_archive.html</span></span></a><o:p></o:p></span></p></div>Paulahttp://www.blogger.com/profile/04474201838375375194noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-20489891.post-3621225289716918252009-10-06T15:33:00.004+01:002009-10-13T18:09:51.922+01:00Don’t you feel like crying?<a href="http://3.bp.blogspot.com/_IEPs6BuvvFY/SstWl992HXI/AAAAAAAAAKE/-HVtgQySItw/s1600-h/Dirty+Dancing.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 124px; FLOAT: left; HEIGHT: 93px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5389496589368040818" border="0" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_IEPs6BuvvFY/SstWl992HXI/AAAAAAAAAKE/-HVtgQySItw/s200/Dirty+Dancing.jpg" /></a><span style="font-family:arial;">Em 1987, um pequenino filme destinado ao fracasso (do argumento - colocado em hold por vários estúdios - à reacção de produtores e patrocinadores perante o produto final - “Queimem as bobines e recolham o dinheiro do seguro.”) abanou o ano cinematográfico e tornou-se um dos mais vistos e rentáveis de sempre. Quanto a mim, se houve filme que marcou a minha adolescência foi “Dirty Dancing”. </span><br /><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt"><?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /><o:p><span style="font-family:arial;"></span></o:p></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt"><span style="font-family:arial;"></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt"><span style="font-family:arial;">Fui vê-lo com uma das minhas melhores amigas e, a partir do momento em que saímos do cinema, ficámos mais ou menos 6 meses numa alternância entre suspiros e passos de dança. Foi muito fácil identificarmo-nos com aquela menina ingénua e virginal, com fortes ligações afectivas ao pai, que descobre numas férias o poder da atracção, a força do amor, a magia da dança. O que nós queríamos ser a Baby, o que nós queríamos um Patrick Swayze só para nós, o que nós queríamos uma cave escura e fumarenta onde pudéssemos ensaiar uns passos de dança super sensuais. A cena em que o casal passa a primeira noite juntos entrou directamente para o meu coração e estabeleceu um <em>standard</em> difícil de equiparar: haverá algo mais erótico do que aquela dança de corpos colados, que se desnudam e descobrem ao som de um tema de intensidade perturbadora? Inesquecível.</span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt"><o:p><span style="font-family:arial;"></span></o:p></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt"><span style="font-family:arial;">Há duas semanas atrás, revi o filme e voltei a apaixonar-me. Mas agora com uma paixão mais pungente, mais dolorida, menos inocente: o <em>bad boy</em> sensível, o bailarino incontornável, uma das referências da minha juventude desapareceu para sempre. Patrick Swayze partiu, vítima da mais cruel das doenças, uma sombra da personagem que encarnou. Ainda que não sirva de consolo, fica a certeza de ter tocado inúmeras vidas, de ter lugar permanente no imaginário de milhões de pessoas.</span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt"><o:p><span style="font-family:arial;"></span></o:p></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt"><span style="font-family:arial;">PS - Um ou dois anos mais tarde fui ver o “Pretty Woman”, com a mesma amiga. Apesar de ter sido outra experiência cinematográfica bastante marcante, não obteve o mesmo efeito: era mais difícil identificarmo-nos com uma prostituta de esquina de L.A. …</span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt"><o:p><span style="font-family:arial;"></span></o:p></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="font-family:arial;"><span style="LINE-HEIGHT: 150%; mso-ansi-language: PT"><span style="mso-ansi-language: PT;font-size:9;" ><span style="font-family:Times New Roman;"><span style="font-size:78%;">Imagem: retirada do site </span><a href="http://www.vol1brooklyn.com/"><span style="font-size:78%;">www.vol1brooklyn.com</span></a></span></span></span></span></p>Paulahttp://www.blogger.com/profile/04474201838375375194noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-20489891.post-13107313021227653752009-09-21T09:57:00.007+01:002009-09-21T10:19:35.027+01:00My favourite serial killer<a href="http://2.bp.blogspot.com/_IEPs6BuvvFY/SrdB2OrY9OI/AAAAAAAAAJ0/f7m7Mteb_JQ/s1600-h/dexter-season4-promo.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 187px; FLOAT: left; HEIGHT: 170px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5383844279453545698" border="0" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_IEPs6BuvvFY/SrdB2OrY9OI/AAAAAAAAAJ0/f7m7Mteb_JQ/s200/dexter-season4-promo.jpg" /></a><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">Eu sempre tive um fascínio inexplicável por <i style="mso-bidi-font-style: normal">serial killers</i>. Na mesma altura em que ainda trocava cromos dos <i style="mso-bidi-font-style: normal">Modern Talking</i> com as amigas, já andava pelas bibliotecas (sim, que no meu tempo não havia Net para toda a gente…) a tentar saber mais sobre o sedutor Ted Bundy e o infame David (Sun of Sam) Berkowitz. <?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /><o:p></o:p></span></span><br /><div><div><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">Desconfio que as razões se prendem com a necessidade de compreender o que me rodeia e, sobretudo, as acções dos seres humanos (o que gostava de tirar um curso de psicologia!). Sempre quis perceber como é que pessoas com uma inteligência acima da média e donas de um charme irresistível, podem simultaneamente arquitectar e levar a cabo a morte (na maior parte das vezes macabra) de outros seres humanos. Também não entendo como é que um indivíduo capaz de albergar tamanho mal dentro de si se consegue fundir na sociedade durante um período de tempo obrigatoriamente longo (caso contrário seria um “<i style="mso-bidi-font-style: normal">single killer</i>”…). Assim, mais do que qualquer outro tipo de assassinos e homicidas, estes sociopatas assustam-me pelo requinte da sua malvadez e levam-me a questionar a verdadeira capacidade de análise dos seres humanos (sempre que um é capturado aparecem logo todos os amigos e conhecidos a justificar a sua cegueira: “Era uma excelente pessoa…ninguém podia suspeitar de uma coisa destas…”).<o:p></o:p></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT;font-family:arial;" ><o:p></o:p></span></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">Bem, mas esta conversa toda para quê? Porque, num acesso de brilhantismo norte-americano, surge uma série que joga com todos os receios e ansiedade relativos a esta questão: “Dexter”, um <i style="mso-bidi-font-style: normal">serial killer</i> de <i style="mso-bidi-font-style: normal">serial killers</i>. Haverá conceito mais bem conseguido que este? Sem conseguirmos culpabilizar a personagem principal, e incapazes de não simpatizar e torcer por ele, assistimos dia após dia ao ritual segundo o qual Dexter captura, assassina e se desfaz dos corpos da sua vítimas. Com a desculpa de um passado traumatizante e regido por um código de valores desenvolvido especificamente para nos amaciar a consciência, este <i style="mso-bidi-font-style: normal">serial killer</i> mais não faz do que aquilo que todos gostaríamos de poder fazer: eliminar a escória da sociedade, criminosos da pior espécie, violadores, sádicos, pedófilos, todos com o carimbo inquestionável de assassinos. No meio de tudo isto, assistimos às suas reflexões absolutamente amorais sobre a sociedade, as relações, a família e o trabalho. É que Dexter não julga nem sente como os restantes mortais. Mesmo com a evolução da personagem (que entretanto ganhou uma mulher e um filho), continua a analisar tudo friamente e sem qualquer ligação emocional, mantendo intacta a sua regra de ouro: não ser apanhado. É impossível ver a série sem ficarmos absolutamente rendidos ao seu raciocínio brilhante e humor cínico.<o:p></o:p></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT;font-family:arial;" ><o:p></o:p></span></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">É raro uma série ou filme conseguirem manter o nível do livro que lhes deu origem. Neste caso, o livro de Jeff Lindsay é mais negro, apresentando um Dexter bastante mais desligado daqueles que lhe deveriam ser próximos, mas a série consegue estabelecer uma ligação indelével com os seus espectadores. Sem dúvida que a riqueza e envolvência dos sucessivos argumentos, um elenco excepcional e as estrelas convidadas das várias temporadas em muito contribuíram para o sucesso, mas a responsabilidade por transformar “Dexter” numa série de culto vai inteirinha para Michael C. Hall. A antiga estrela de “Six feet under” consegue que o seu assassino frio e distante, uma das mais complexas personagens da televisão actual, conquiste o público, transformando a sua interpretação num <i style="mso-bidi-font-style: normal">case study</i> sobre como dar vida a um homem complicado e permanentemente assombrado por demónios interiores. Devia haver Oscars para TV, porque um Emmy vai sempre saber a pouco.<o:p></o:p></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT;font-family:arial;" ><o:p></o:p></span></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">Venha rápido a Temporada IV, que eu já estou a sentir os efeitos da ressaca.<o:p></o:p></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT;font-family:arial;" ><o:p></o:p></span></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="LINE-HEIGHT: 150%; mso-ansi-language: PT"><span style="font-size:78%;"><span style="font-family:arial;">Imagem: retirada do site http://www.buddytv.com/articles/dexter/dexter-season-4-speculations-25368.aspx<o:p></o:p></span></span></span></p></div></div>Paulahttp://www.blogger.com/profile/04474201838375375194noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-20489891.post-46061359905976313482009-08-17T11:37:00.003+01:002009-09-21T10:19:25.585+01:00Convites<a href="http://1.bp.blogspot.com/_IEPs6BuvvFY/SokzWzH-0sI/AAAAAAAAAJk/xbzlPncJj1c/s1600-h/Convites.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 155px; FLOAT: left; HEIGHT: 155px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5370880497389851330" border="0" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_IEPs6BuvvFY/SokzWzH-0sI/AAAAAAAAAJk/xbzlPncJj1c/s200/Convites.jpg" /></a><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">Quando se chega a determinado ponto da vida tendemos a acreditar que as premissas que nos definem enquanto pessoas e profissionais são completamente estáveis, acreditamos que estamos seguros e que nada nos pode atingir, que certas coisas são imutáveis e só sofrerão alterações se estas partirem de nós.<?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /><o:p></o:p></span></span> <div><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><o:p><span style="font-family:arial;"></span></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">Depois algo muda, a sociedade sofre um valente esticão, os castelos de cartas começam a ruir. É aí que a nossa arrogância se começa a encolher atrás do medo, que nos começamos a assustar e a pensar no pior. E se numa fase inicial queremos acreditar que o que está a acontecer a outros, conhecidos e desconhecidos, nunca nos irá acontecer a nós (porque somos diferentes, porque nos esforçámos, porque provámos o que valemos, porque passámos horas e anos sem conta a fazer “um esforço”), num segundo momento começamos a ver que será melhor preparar a nuca para a paulada. Mas a verdade é que nunca se está verdadeiramente preparado para abrir mão de uma história de vida, de todas as comodidades e segurança conseguidas a duras penas, para voltar à luta, de peito aberto às rejeições, para a angústia de fazer face às dificuldades que inevitavelmente se irão acumulando.<o:p></o:p></span></span></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><o:p><span style="font-family:arial;"></span></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">O único ânimo poderá advir da capacidade de encarar a mudança como uma oportunidade. Não é fácil, e são raras as pessoas que conseguem dar a volta por cima e ressurgir mais fortes. Quanto a mim, já percebi que falar é fácil quando se está a lidar com situações meramente hipotéticas. Por isso, vou convencer a minha pessoa, que despreza livros de inter ajuda e pensamento positivo, a colocar “Quem mexeu no meu queijo” na mesa-de-cabeceira e a tratar de interiorizar as suas máximas.<o:p></o:p></span></span></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><o:p><span style="font-family:arial;"></span></o:p></span></p><p style="LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"><span style="LINE-HEIGHT: 150%; mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;"><span style="font-size:78%;">Imagem: retirada do site www.bitaytes.com<o:p></o:p></span></span></span></p></div>Paulahttp://www.blogger.com/profile/04474201838375375194noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-20489891.post-59770735292795074392009-08-04T17:45:00.004+01:002009-08-04T17:51:22.748+01:00Vira o disco e toca o mesmo.<a href="http://4.bp.blogspot.com/_IEPs6BuvvFY/SnhlukWLiPI/AAAAAAAAAJc/J0mRtJ2HUEc/s1600-h/Mulheres+na+cozinha.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 200px; FLOAT: left; HEIGHT: 138px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5366150806717040882" border="0" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_IEPs6BuvvFY/SnhlukWLiPI/AAAAAAAAAJc/J0mRtJ2HUEc/s200/Mulheres+na+cozinha.jpg" /></a><span style="font-family:arial;"><span style="mso-ansi-language: PT">Graças à luta incansável de algumas combatentes do sexo feminino, as mulheres conquistaram mais direitos nas últimas décadas do que em toda a história da humanidade (excepção feita a algumas sociedades pré-históricas, com as suas deusas-mãe a sugerir que não fosse o advento da religião e quem mandava éramos mesmo nós … mas isso são outras histórias). Da liberdade sexual ao direito de voto, pouco a pouco, as leis da sociedade têm vindo a ajustar-se de forma a satisfazer mais de metade da população mundial. No entanto, sempre que vou a um jantar de família (daqueles com pais, avós, muitos primos, cães e gatos) fico a perceber porquê que as mulheres continuam a ter tantas dificuldades em ser encaradas como iguais (quer em família, quer no trabalho).<?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /><o:p></o:p></span> </span><div><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT;font-family:arial;" ><o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">Quem vir um destes acontecimentos de fora pode apreciar o seguinte panorama: <o:p></o:p></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">- Antes do jantar: os homens juntam-se na sala, a fumar uns cigarros, a beber uns aperitivos e a conversar sobre política ou sobre os seus empregos e interesses; as mulheres ficam na cozinha a descascar, cortar e preparar a comida, a pôr a mesa e a falar, quase invariavelmente, de receitas ou de crianças. <o:p></o:p></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">- Depois do jantar: os homens juntam-se na sala, a fumar uns cigarros, a beber uns digestivos e a conversar sobre política ou sobre os seus empregos e interesses; as mulheres ficam na cozinha a levantar a mesa, a lavar e a secar a loiça e a falar de receitas ou de crianças.<o:p></o:p></span></span></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="font-family:arial;"><span style="mso-ansi-language: PT">E porquê que isto acontece? Custa-me dizer, mas em grande parte é mesmo por nossa causa. Por exemplo, eu adoro ficar na sala a ouvir e a participar de conversas que tratem temas de interesse nacional ou internacional (não é que não goste de falar de receitas - adoro! -, mas não quando há coisas mais interessantes a serem discutidas na sala ao lado). Agora, se eu for a um destes jantares e decidir ficar na sala, quem acham que me vai criticar?... Certo: vão ser as mulheres. Todas sabemos como é: “Aquela gaja, em vez de vir ajudar, senta-se na sala ao lado do namorado…”. Claro que a boa educação nos diz que temos de ajudar. Mas isso não é válido para todos? Desde quando é que ter uma pila nos isenta da responsabilidade? O certo é que, quando existem grupos de homens e mulheres, eles assumem naturalmente que o trabalho de sapa é nosso. E nós também. De vez em quando, um deles lá condescende em colocar um ou dois pratos na mesa e é um acontecimento: ele fica todo contente consigo mesmo, porque nos “ajudou”. E nós também. Haja paciência, assim não vamos lá.</span><br /></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT;font-family:arial;" ><o:p></o:p></span></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">Mulheres, eu sei que é difícil, mas as coisas só vão mudar quando começarmos a assumir a nossa culpa: das mãezinhas que não souberam/sabem educar os filhotes (ditado relevante: “A mão que embala o berço é a mão que governa o mundo.”), das mulheres que continuam a virar-se uma contra as outras em vez de dirigirem as suas críticas para o alvo certo (enquanto não só aceitarmos, mas defendermos os papéis que nos foram atribuídos à nascença, vai ficar tudo na mesma). Estamos tão centradas em ganhar a guerra que nem nos apercebemos que continuamos a oferecer-lhes de bandeja as pequenas batalhas do dia-a-dia. Depois queixamo-nos.<o:p></o:p></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT;font-family:arial;" ><o:p></o:p></span></p><br /><p style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-size:78%;"><span style="font-family:arial;">Imagem: retirada do blog adevidacomedia.wordpress.com<o:p></o:p></span></span></span></p></div>Paulahttp://www.blogger.com/profile/04474201838375375194noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-20489891.post-89310374398930427382009-07-06T11:21:00.001+01:002009-07-06T11:26:49.378+01:00Detalhes<a href="http://4.bp.blogspot.com/_IEPs6BuvvFY/SlHQfCt0GpI/AAAAAAAAAJU/AF-Ee6HCz4c/s1600-h/Detalhes.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 150px; FLOAT: left; HEIGHT: 200px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5355290663643781778" border="0" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_IEPs6BuvvFY/SlHQfCt0GpI/AAAAAAAAAJU/AF-Ee6HCz4c/s200/Detalhes.jpg" /></a><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">Eu gosto de detalhes. Muito. Tenho plena noção da importância da floresta, mas não consigo deixar de analisar cada uma das árvores que a compõem. E apesar de saber que aplico esta característica em várias áreas da minha vida (o que, por vezes, me faz pensar que tenho uma personalidade algo obsessiva-compulsiva), onde ela mais se manifesta é na análise física que faço de mim mesma e das outras pessoas.<?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /><o:p></o:p></span></span> <div><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><o:p><span style="font-family:arial;"></span></o:p></span></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">No que me toca, o ponto extremo foi na adolescência, em que quase enlouqueci a minha mãe com teorias que roçavam a psicose. Cada semana havia uma novidade: “O meu nariz não é proporcional.” (facto quase comprovado mediante uma análise empírica efectuada diariamente), “Queria ter os dedos dos pés todos alinhados.” (a que se seguiu a minha conjectura de que as pessoas não deviam ter dedos nos pés, ficando melhor servidas com umas extremidades semelhantes às dos patos), “Não gosto nada destes ossinhos em forma de bola a meio dos ombros.” (nisto saí ao meu pai), “Porquê que eu não tenho os ossos da clavícula visíveis?” (talvez porque na altura tinha cerca de 13 quilos a mais… agora já se vêem), “As minhas pernas em baixo parecem dois palitos.” (o que adorava ter umas barrigas das pernas gordas e torneadas…), etc., etc. Agora já aprendi a descartar estas minudências (até para não ficar completamente biruta), mas isto não significa que não continue exaustivamente à procura de cabelo em ovos.<o:p></o:p></span></span></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">Quanto aos outros, o processo é idêntico. Passada a primeira impressão, durante a qual o escrutínio é feito a nível geral, eu foco sempre a minha atenção nos detalhes (caso sejam dignos de interesse, por si só ou pela pessoa <?xml:namespace prefix = st1 ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:smarttags" /><st1:personname productid="em causa). Posso" st="on">em causa). Posso</st1:personname> não saber dizer se alguém tinha vestido um casaco Versace com brilhantes incorporados, mas sei se o nariz estava alinhado com o queixo e se o tamanho do tronco era proporcional ao das pernas; posso ter achado determinado indivíduo pouco atraente, mas saber que as suas mãos são cuidadas, com dedos elegantes e um aspecto absolutamente irresistível. Partindo destas análises (meramente físicas, sem considerar outras características bem mais importantes e que condicionam de forma determinante a nossa percepção de alguém - não esquecer que “Quem feio ama bonito lhe parece.” ou, na versão inglesa, “Beauty is in the eye of the beholder.”) acabei por definir 5 tipos distintos de aparência (que depois se desdobram em inúmeras combinações):<o:p></o:p></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">1 - Pessoas que apresentam traços equilibrados e proporcionais, com a sorte de ainda possuírem determinadas características faciais fortes e belas: olhos rasgados, bocas delineadas, pescoços altos, cabelos fartos, etc. (são aqueles sortudos em quem as partes e o todo são igualmente perfeitos - sim, Brad e Angelina, estou a falar de vocês).<o:p></o:p></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">2 - Estas são as pessoas nas quais uma das partes potencia as outras e determina o resultado final (quando os traços já são algo interessantes e equilibrados, mas depois uns olhos fantásticos aumentam o impacto, elevando o indivíduo ao patamar da beleza).<o:p></o:p></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">3 - As pessoas que no geral são atraentes, mas nas quais nenhuma das partes sobressai especialmente (nem o nariz, nem os olhos nem a boca são particularmente definidos, intensos ou torneados, mas a conjugação dos 3 resulta numa face interessante, atraente, sexy).<o:p></o:p></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">4 - São as pessoas nas quais uma das partes compensa as outras, influenciando o todo (do género “Ela têm um nariz enorme, mas os olhos são espectaculares.” - por norma, quando digo isto, há sempre uma alminha que contrapõe “Está bem, mas não deixa de ser horrorosa.”).<o:p></o:p></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">5 - São aquelas pessoas em que nada parece bater com nada, em que não existe qualquer equilíbrio estético, nem qualquer detalhe favorável à vista (as habituais “Não tem ponta por onde se lhe pegue.”).<o:p></o:p></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><o:p><span style="font-family:arial;"></span></o:p></span></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">Como se pode verificar, este é um assunto que me interessa e, sendo assim, acaba por influenciar as minhas relações. Tal como sou perfeitamente capaz de me apaixonar por um pequenino detalhe do corpo de alguém, também sou capaz de me “desapaixonar” da pessoa toda devido a esse mesmo detalhe. E então tudo isto para quê? Só para dizer que o meu anjo tem 2 destes detalhes que há muito me fascinam: uma boca incontornável (que de “detalhe” não tem nada: carnuda, suculenta, promessa das mais intensas delícias) e umas pequenas obras de arte sob a forma de orelhas (eu adoro orelhas! Mas têm de ser como as deles: redondinhas, torneadas, hipnóticas, perfeitas espirais de búzio marítimo… um encanto). E, detalhe a detalhe, lá vou tendo com que me entreter.<o:p></o:p></span></span></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><o:p><span style="font-family:arial;"></span></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="LINE-HEIGHT: 150%; mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;"><span style="font-size:78%;">Imagem: retirada do site www.allposters.com (“A aparição da face de Afrodite”, de Salvador Dali)<o:p></o:p></span></span></span></p></div>Paulahttp://www.blogger.com/profile/04474201838375375194noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-20489891.post-54683187449586377412009-06-30T16:49:00.003+01:002009-09-21T11:24:32.241+01:00Cuidado com o que desejas<a href="http://1.bp.blogspot.com/_IEPs6BuvvFY/Sko0d6tpqsI/AAAAAAAAAJM/c2WabEfe9dY/s1600-h/Cabelo.jpg"><span style="font-family:arial;"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 119px; FLOAT: left; HEIGHT: 121px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5353148795664837314" border="0" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_IEPs6BuvvFY/Sko0d6tpqsI/AAAAAAAAAJM/c2WabEfe9dY/s200/Cabelo.jpg" /></span></a><span style="font-family:arial;"><span style="mso-ansi-language: PT">Eu e o meu cabelo temos uma relação de amor/ódio: ele ama deixar-me louca e eu odeio que ele o faça.<?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /><o:p></o:p></span> </span><div><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT;font-family:arial;" ><o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">Eu sempre quis ter um cabelo com as seguintes características (por ordem de preferência): grosso, suave, com ondas naturais, preto (ou ruivo: <em>very hot</em>!) e comprido. Claro que, em linha com o que acontece com tudo o que eu desejo na vida, fui presenteada com um cabelo fino, liso e loiro (apesar de eu achar que é castanho claro, todos os cabeleireiros fazem questão de me informar que a base do meu cabelo é loira - nomeadamente quando eu insisto em fazer madeixas acobreadas, na tentativa de ficar com um aspecto “ruivo”). Salva-se o facto de ser suave e comprido. Mas claro que, sendo meu, é também cheio de personalidade e vontade própria: apesar de toda a suavidade, não há quem o faça enrolar para dentro se ele achar que fica bem é para fora, nem quem o consiga pentear quando ele cisma de se enredar num enorme novelo de nós.<o:p></o:p></span></span></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">Como se pode calcular, com esta matéria-prima, é-me sempre muito complicado mudar de estilo, arriscar, encontrar um novo <i style="mso-bidi-font-style: normal">look</i>. Mas, de quando em quando, eu tento. Sempre num cabeleireiro da minha confiança, sempre depois de uma enorme fase de “Estou farta do meu cabelo!”, sempre quando já nem posso olhar para o espelho. Da última vez que o fiz, apostei numa franja que obteve bastante sucesso, e que apenas foi abandonada porque um redemoinho no canto esquerdo da testa me dava um ar de Tintim sempre que não tinha acesso a um secador (além disso, confesso que odeio usar secadores…).<o:p></o:p></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT;font-family:arial;" ><o:p></o:p></span></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">Desta vez, meses após a última visita ao cabeleireiro (também odeio ir ao cabeleireiro) e com o Verão a dar ares da sua graça, deu-me a vontade de fazer algo diferente. Sábado de manhã, levantei-me e rumei à tesoura. Ainda pelo caminho, decidi que não chegava a habitual aparadela em que nunca ninguém repara, que o cabelo estava muito pesado e sem graça, e que o ideal seriam umas madeixas, para alegrar os meus dias. <o:p></o:p></span></span></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT;font-family:arial;" ><o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">Conversa entre mim e o cabeleireiro:<o:p></o:p></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">Ele (ar aborrecido, farto de saber que eu sou uma chata que nunca quero fazer nada diferente) - Então, o quê que vai ser?<o:p></o:p></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">Eu (a medo) - Não sei bem, mas queria algo diferente. Estou cheia deste cabelo! Estava a pensar numas madeixas…<o:p></o:p></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">Ele (só para me deixar ficar mal) - De que cor?<o:p></o:p></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">Eu (esperançada que passasse) - Não sei… estava a pensar acobreadas… O quê que acha?<o:p></o:p></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">Ele (sobrancelha levantada… ar de “Outra vez?!”) - Eu acho que têm de ser loiras… É a sua base…<o:p></o:p></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">Eu (suplicante) - Mas eu uma altura fiz umas acobreadas, juntamente com as loiras, e resultou bem, discreto…<o:p></o:p></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">Ele (cedendo, brilho estranho no olhar) - Podem fazer-se umas ruivas, para dar uns laivos de cor…<o:p></o:p></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">Eu (vitória!) - É, pode ser…<o:p></o:p></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT;font-family:arial;" ><o:p></o:p></span></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">Cerca de 2 horas depois (sim, 2! Por isso é que eu odeio ir ao cabeleireiro), apanhei o susto da minha vida. Uma vez tiradas as pratas, lavado e desembaraçado o cabelo (operação que envolveu o uso de um creme e uma espuma especiais de corrida, só para que a minha cabeleira se dignasse a deixar passar o pente), e quando me preparava para enfrentar o corte, resolvi levantar os olhos da revista em que estava embrenhada e olhar para o espelho. Surpresa! A devolver-me o olhar estava a sósia de uma cabeleireira enlouquecida, completa com várias madeixas loiras e algumas (demasiado visíveis) madeixas vermelhas. Não acobreadas, não ruivas…vermelhas, mesmo! Ia caindo para trás. Mas não caí: aguentei firme até estar de cabelo bem cortado (“Apare só…”, que para loucura já basta a cor) e penteado.<o:p></o:p></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT;font-family:arial;" ><o:p></o:p></span></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">Conversa final:<o:p></o:p></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">Ele (sorriso de orelha a orelha) - Então, o que acha?<o:p></o:p></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">Eu (sorriso amarelo) - Está um bocadinho puxado…<o:p></o:p></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">Ele (meio sorriso) - Isso depois disfarça com as lavagens.<o:p></o:p></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">Eu (sorriso conformado) - Pelo menos está diferente…<o:p></o:p></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">Ele (sorriso - que eu li como - irónico) - Lá isso está!<o:p></o:p></span></span></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT;font-family:arial;" ><o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">E pronto, cá estou eu, com um ar completamente diferente, a condizer com as cores do Verão, ainda a habituar-me ao novo visual. As boas notícias são que desta vez toda a gente reparou que eu tinha ido ao cabeleireiro.<o:p></o:p></span></span></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT;font-family:arial;" ><o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="LINE-HEIGHT: 150%; mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;"><span style="font-size:78%;">Imagem: retirada do site <span class="a1"><span style="color:windowtext;">www.online-literature.com</span></span><o:p></o:p></span></span></span></p></div>Paulahttp://www.blogger.com/profile/04474201838375375194noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-20489891.post-55208720529738685562009-06-23T17:31:00.007+01:002009-06-25T16:09:34.893+01:00Era uma vez uma Gata<a href="http://4.bp.blogspot.com/_IEPs6BuvvFY/SkEEe9sRKBI/AAAAAAAAAJE/-VIr6RZ9UuQ/s1600-h/Gata.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 100px; FLOAT: left; HEIGHT: 75px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5350562762295683090" border="0" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_IEPs6BuvvFY/SkEEe9sRKBI/AAAAAAAAAJE/-VIr6RZ9UuQ/s200/Gata.jpg" /></a><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">Há cerca de 9 anos, uma vizinha, sabendo que a minha família é constituída por <i style="mso-bidi-font-style: normal">Cat people</i>, levou à minha mãe uma gatinha bebé. A ideia seria ficarmos com ela, mas a minha mãe, cansada de sofrer por lhe envenenarem os animais de estimação (sim, ainda há monstros que fazem coisas como esta), recusou. A alternativa? Segundo a minha vizinha, seria deitar o bichinho fora. E foi assim que a Gata entrou na minha vida. Incapaz de deixar que o animal (falo da minha vizinha) se livrasse da bolinha de pêlo, levei-a para minha casa (a bem da verdade diga-se que, na altura, estava em casa alheia, mas o dono ficou ainda mais rendido que eu à pequena visitante).<?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /><o:p></o:p></span></span><br /><div><div><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><o:p><span style="font-family:arial;"></span></o:p></span></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">Apesar de obviamente arraçada de siamês (o tom azul dos olhos prova-o), a minha gata não era um gatinho lindinho, como nos habituamos a ver: estava bastante magra e a cabeça era um pouco desproporcional relativamente ao corpo (o que, quando andava, lhe dava um ar de boneco articulado, com as patas a tentarem encontrar o ponto de equilíbrio que a impedisse de tombar para a frente); por seu lado, as orelhas eram demasiado grandes para a cabeça e, para completar, os olhos, também enormes, acusavam um ligeiro estrabismo. Estão a ver, não? Parecia uma versão felina do <em>Gremlin</em>, o que justifica a primeira reacção do meu pai ao vê-la: “Que bicho feio!”. Por isso me admiro tanto que se tenha transformado num dos gatos mais bonitos que já vi: a pelagem listada num jogo de tons creme claro e cinza escuro, uns fantásticos olhos azuis, realçados com risco negro natural, um focinho de traços fortes e uma elegância ímpar. <o:p></o:p></span></span></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">Mas se o aspecto actual conquista qualquer pessoa, o que realmente a torna única é o seu feitio especial. Além dos habituais estragos na mobília, cortinas e tapetes, esta gatinha sempre gostou de acelerar a grande velocidade pelos corredores da casa, derrapando nas esquinas e embatendo de frente contra qualquer obstáculo (influências do "pai"?...), de trepar as laterais das portas, até ficar mais ou menos ao nível dos nossos olhos, só para nos atirar um “miau!”, de levar uns snacks da cozinha para a sala, acompanhando-nos nas maratonas em frente à televisão (e quando falo de snacks, refiro-me, por exemplo, a 2 fatias de pão com uma de fiambre…), de se atirar pela janela do 3º andar atrás de um pombo mais distraído, etc, etc. E estas diabruras não são nada ao pé de uma personalidade verdadeiramente vincada: dos amuos, quando por alguma razão não se lhe dá a atenção que ela julga merecer (que incluem sentar-se de costas para nós, mirando distraidamente por cima do ombro), aos lendários ataques de ciúmes quando dirigimos a atenção para alguém que não a deusa em forma de gata (desde afastar mãos com as 2 patas a deitar-se em cima da cabeça que esteja no colo pretendido, vale tudo).<o:p></o:p></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><o:p><span style="font-family:arial;"></span></o:p></span></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">Nesta gata se conjuga tudo o que associamos a um felino. Daí que, quando foi necessário dar-lhe um nome, optei pelo que melhor a descreve: Gata. Assim mesmo, com letra grande e garras de fora. Porque esta não é uma mera gata, é <b style="mso-bidi-font-weight: normal">a</b> Gata.</span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;"><o:p></o:p></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><o:p><span style="font-family:arial;"></span></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="LINE-HEIGHT: 150%; mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;font-size:78%;">Imagem: Gata, 2004</span></span></p></div></div>Paulahttp://www.blogger.com/profile/04474201838375375194noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-20489891.post-70626027799762755782009-06-16T14:45:00.006+01:002009-06-16T14:53:29.075+01:00Pau que nasce torto nunca se endireita<a href="http://1.bp.blogspot.com/_IEPs6BuvvFY/SjeiLa1GAJI/AAAAAAAAAI0/ZgJgtrLGqH4/s1600-h/Pau+que+nasce+torto.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 120px; FLOAT: left; HEIGHT: 120px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5347921399590027410" border="0" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_IEPs6BuvvFY/SjeiLa1GAJI/AAAAAAAAAI0/ZgJgtrLGqH4/s200/Pau+que+nasce+torto.jpg" /></a><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">A minha mãe diz-me várias vezes que este ditado não deve ser levado à letra, que existem inúmeros casos de pessoas que se “endireitaram” (ou melhor, a quem a vida endireitou). Eu gostaria muito de pensar que sim, que as pessoas mudam, mas a verdade é que não acredito nada nisso. Na verdade, concordo plenamente com o ditado popular.<?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /><o:p></o:p></span></span> <div><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><o:p><span style="font-family:arial;"></span></o:p></span></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">Eu até aceito que a personalidade possa ser ajustada, que qualquer pessoa pode fazer um esforço para se tornar mais simpática, mais interessante, mais disponível, mais sociável. Agora, o carácter está lá e nada o pode mudar. Ou se é “boa” pessoa ou não. Tão simples quanto isto. Se uma pessoa tem má índole, se é egoísta, invejosa, prepotente, sem escrúpulos, então não há boa vontade que lhe valha. As circunstâncias até podem levá-la a moderar estas características, a ocultá-las sob uma capa de civismo, mas elas estão lá e, a qualquer momento, voltam a emergir com as garras de fora. Por isso se ouve tantas vezes frases como “Oh pá, eu pensava que ele/a tinha mudado, mas afinal…”. É a previsível desilusão daqueles que são bons demais, que gostam de ver sempre o melhor nas pessoas, que acreditam nos finais felizes.<o:p></o:p></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">Quando se pretendem relações sólidas e duradouras, sejam de amizade ou amor, o ideal é apostar em pessoas que tenham um bom carácter, pessoas com as quais podemos contar sempre e incondicionalmente (ainda que a sua personalidade não seja das mais cativantes). No entanto, todos sabemos o que é ser seduzido por pessoas cuja personalidade é ostensivamente deslumbrante, pessoas com um charme e uma capacidade de atracção inatos, apenas para verificar mais tarde que o carácter deixa algo a desejar. <o:p></o:p></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">Eu já sofri desgostos bem grandes por causa deste encandeamento inicial, da vontade de acreditar que as pessoas são o que parecem; mas uma vez que o verdadeiro íntimo se revela, não me é muito difícil cortar toda e qualquer ligação com pessoas que nasceram “tortas”. Precisamente porque, dependendo da gravidade das atitudes, não acredito que venham a mudar.<o:p></o:p></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><o:p><span style="font-family:arial;"></span></o:p></span></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">No fundo, é tudo uma questão de saber quais as pontes a atravessar e quais as pontes a queimar. Já sei que esta é a decisão mais difícil de tomar, até porque temos sempre receio de estar a desperdiçar aquela última oportunidade (e, se calhar, agora é que a pessoa mudou mesmo…). Em caso de dúvida, o meu conselho é recorrer à sabedoria popular: nasceu torto? Então, vai morrer torto.</span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;"><o:p></o:p></span></span> </p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><o:p><span style="font-family:arial;"></span></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="LINE-HEIGHT: 150%; mso-ansi-language: PTfont-size:9;" ><span style="font-family:arial;"><span style="font-size:78%;">Imagem: retirada do site <span class="a1"><span style="color:windowtext;">desciclo.pedia.ws</span></span><o:p></o:p></span></span></span></p></div>Paulahttp://www.blogger.com/profile/04474201838375375194noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-20489891.post-76062928842402895582009-06-09T15:43:00.006+01:002009-06-16T12:23:46.011+01:00O que eu queria viajar daqui para fora<div align="left"><a href="http://2.bp.blogspot.com/_IEPs6BuvvFY/Si51VJzlMYI/AAAAAAAAAIs/4-7ALRENGI0/s1600-h/F%C3%A9rias.JPG"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 200px; FLOAT: left; HEIGHT: 169px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5345338814005326210" border="0" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_IEPs6BuvvFY/Si51VJzlMYI/AAAAAAAAAIs/4-7ALRENGI0/s200/F%C3%A9rias.JPG" /></a><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">Eu adoro viajar. Por mim andava sempre no laréu, a apanhar aviões, táxis e metros, a visitar novas e excitantes cidades e civilizações, a visitar monumentos, museus e restaurantes, sempre acompanhada do meu Guia American Express.<?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /><o:p></o:p></span></span> </div><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal" align="left"><span style="mso-ansi-language: PT"><o:p><span style="font-family:Times New Roman;"></span></o:p></span></p><div align="left"><br /></div><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">Por volta dos meus 13 anos descobri que, com alguns trocados, era possível ir visitar aquelas terras que tanto me fascinavam nos filmes e livros. E, vai daí, não parei mais. Durante 15 anos foi um vê-se-te-avias de bilhetes de avião, reservas e câmbios; passeei imenso, diverti-me mais ainda e procurei conhecer o máximo possível de todas as culturas que visitei. Mas, aos 28 anos perdi a minha companheira de viagem (que, por razões nobres, teve de moderar o ímpeto descobridor da alma portuguesa). A partir daí fui-me acomodando e as férias foram sendo passadas sem grandes emoções, em sítios mais ou menos familiares. <o:p></o:p></span></span></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">Nos últimos tempos tive o prazer de recuperar o fascínio por conhecer coisas novas, por falar com pessoas diferentes, por sair do mundinho pequenino que nos espreme os horizontes. E a febre voltou a arder por baixo da pele: o que eu quero mesmo é conhecer o mundo. O mundo todo, das ilhas paradisíacas da Tailândia à loucura cosmopolita de Nova Iorque. Quero cheirar os campos de flores na Holanda e saborear um churrasco nas Pampas. Quero caminhar pelas montanhas do Tibete, enrolada num bom cobertor, e nadar entre tubarões na Nova Zelândia (ok, aqui talvez esteja a exagerar um pouco…).<o:p></o:p></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT;font-family:arial;" ><o:p></o:p></span></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">Enfim, o que eu queria mesmo era matar a rotina que me está a espartilhar a alegria, a rasgar cada réstia de potencial e a anular a pessoa que gostaria de ser. Gostava imenso de acordar um dia com a coragem (e com a dose de inconsciência necessária) para largar tudo o que não interessa, pegar em tudo o que realmente me faz falta e partir. Afinal, nunca ouvi nenhum moribundo queixar-se de que devia ter passado mais tempo no escritório ou fechado em casa.</span></span></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><o:p><span style="font-family:Times New Roman;"></span></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="LINE-HEIGHT: 150%; mso-ansi-language: PT"><span style="font-size:78%;"><span style="font-family:arial;">Imagem: férias Munique 2009<o:p></o:p></span></span></span></p>Paulahttp://www.blogger.com/profile/04474201838375375194noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-20489891.post-64118356423561311372009-05-25T09:08:00.004+01:002009-05-25T09:16:32.637+01:00A esperança<a href="http://4.bp.blogspot.com/_IEPs6BuvvFY/ShpSi7uQJdI/AAAAAAAAAIk/qwgu5ZO7rCg/s1600-h/Esperan%C3%A7a.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 122px; FLOAT: left; HEIGHT: 120px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5339671068301862354" border="0" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_IEPs6BuvvFY/ShpSi7uQJdI/AAAAAAAAAIk/qwgu5ZO7rCg/s200/Esperan%C3%A7a.jpg" /></a><span style="font-family:arial;"><span style="mso-ansi-language: PT">A esperança pode ser a única coisa que resta ao ser humano, mas também é um dos sentimentos mais eficazes para destruir esse mesmo ser humano.<?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /><o:p></o:p></span> </span><div><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT;font-family:arial;" ><o:p></o:p></span></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">Não há pior que o som de uma esperança a ser esmigalhada. Ela anda por ali, não é?, a nossa esperança, a passear, linda e loira, com enormes olhos azuis, a espalhar desejos e projectos à sua volta, passarinhos e borboletas em seu redor, e nós a pensar “se calhar vai mesmo correr tudo bem!”. E, de repente, vem um pé gigante de uma nuvem negra parada no céu e pimba (influências de Monty Phyton, o quê que querem?!)! Lá fica a nossa esperançazinha toda esmagadinha no meio do chão, os caracóis do cabelo esticados à bordoada, completamente <i style="mso-bidi-font-style: normal">knock out</i>, sem dizer ai nem ui. E, com ela, lá vai também para baixo o nosso sorriso e o ânimo tão bem preservadinho no cantinho do nosso coração. <o:p></o:p></span></span></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">Sempre que uma esperança morre, ia jurar que oiço os sinos tocarem também pela pessoa a quem pertencia. E não se pode criticar. É que, às vezes, a vida parece mesmo uma anedota. É como se uma entidade divina estivesse lá em cima, a rir-se de nós e a dizer aos amigos “Eh pá, vocês lembram-te daquele tipo que queria abrir uma leitaria <?xml:namespace prefix = st1 ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:smarttags" /><st1:personname st="on" productid="em Freixo de Espada">em Freixo de Espada</st1:personname> à Cinta? Sim? Nem imaginam o que eu fiz às vacas…”, e os outros, “Eh pá, oh Deus, tu és mesmo um pândego sem emenda…”. E entretanto nós estamos cá em baixo a pensar “Mas porque raio é que eu não desisto de uma vez? Está-se mesmo a ver que Deus não gosta nada de mim!”.<o:p></o:p></span></span></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT;font-family:arial;" ><o:p></o:p></span></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">É, apesar de perceber que os seres humanos têm de saber reagir às adversidades e seguir em frente, que cada vez que se cai tem de se apanhar uma pedra (segundo dizia Fernando Pessoa, para se construir depois um castelo), que se não fosse isso o mundo já não existia, etc., etc.…, há alturas em que dá mesmo vontade de esganar as pessoas que nos dizem para “mantermos a esperança”.<o:p></o:p></span></span></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT;font-family:arial;" ><o:p></o:p></span></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; BACKGROUND: white" class="MsoNormal"><span style="LINE-HEIGHT: 150%; mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;"><span style="font-size:78%;">Imagem: retirada do site <span class="a1"><span style="color:windowtext;">www.myspace.com</span></span><o:p></o:p></span></span></span></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><o:p><span style="font-family:Times New Roman;font-size:78%;"></span></o:p></span></p></div>Paulahttp://www.blogger.com/profile/04474201838375375194noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-20489891.post-10304536873443697922009-05-18T11:45:00.013+01:002009-06-23T10:33:59.874+01:00Aperta aqui, estica ali<a href="http://1.bp.blogspot.com/_IEPs6BuvvFY/ShE9GiC7anI/AAAAAAAAAIc/y3SzQiFPcWI/s1600-h/Massagem.jpg"><span style="font-family:arial;"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 106px; FLOAT: left; HEIGHT: 119px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5337114215838345842" border="0" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_IEPs6BuvvFY/ShE9GiC7anI/AAAAAAAAAIc/y3SzQiFPcWI/s200/Massagem.jpg" /></span></a><span style="font-family:arial;"><span style="mso-ansi-language: PT">Cócegas nas costas. Provavelmente a minha actividade preferida em todo o mundo. Não consigo bem explicar porquê, mas parece que cada célula epidérmica das minhas costas está ligada a um qualquer centro de prazer instalado bem lá no fundo do meu cérebro. Sou tão obcecada com isto que, sempre que penso <?xml:namespace prefix = st1 ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:smarttags" /><st1:personname productid="em ganhar o Euromilh�es" st="on">em ganhar o Euromilhões</st1:personname> (outra coisa que me traria extremo prazer), penso em contratar uma pessoa única e exclusivamente para me fazer cócegas nas costas durante 1 (vá lá, 2) horas por dia.<?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /><o:p></o:p></span> </span><div><div><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT;font-family:arial;" ><o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;">Na impossibilidade de realizar este sonho nos tempos mais próximos, optei pelo sucedâneo: as famosas massagens. A febre começou com uma prenda iluminada, na forma de uma fantástica massagem com pedras quentes, no </span><a href="http://www.sheratonporto.com/rw/pages/spa/index.pt.do"><span style="font-family:arial;">Hotel Sheraton </span></a><span style="font-family:arial;">(eu sei que já falei disto, mas é um tema que me é querido). Depois de 2 horas de maravilhoso relaxamento, em que cada pedacinho de pele agradecia aos deuses ter sobrevivido para experimentar aquilo, decidi que merecia uma daquelas sessões pelo menos uma vez por mês. Claro que, depois de uma estimativa orçamental, revi a minha decisão e passei ao plano B: o Sheraton foi substituído pelo meu Centro de Estética em Braga (ou seja, pela minha esteticista) e a massagem com pedras quentes de duas horas por uma massagem anti-celulítica de uma.</span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"><span style="font-family:arial;"></span> </p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"><span style="font-family:arial;"></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"><span style="font-family:arial;"></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"><span style="font-family:arial;"></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"><span style="font-family:arial;"></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"><span style="font-family:arial;"></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT;font-family:arial;" ></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"><span style="font-family:arial;"></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"><span style="font-family:arial;"></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT;font-family:arial;" ><o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT;font-family:arial;" ><o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT;font-family:arial;" >Está bem que não é a mesma coisa, mas esta massagem mensal, apesar de evidenciar parcos resultados (segundo me dizem, tinha de parar de ser forreta e fazer pelo menos uma sessão por semana, segundo eu lhes digo – e à minha consciência –, vai servindo para manutenção), inclui um ambiente com aroma e banda sonora relaxantes, uma técnica simpática e uma atenção especial às minhas costas. E sabe mesmo bem.</span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"><span style="font-family:Arial;"></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT"><span style="font-family:arial;"><o:p></o:p></span></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"><span style="mso-ansi-language: PT;font-family:arial;" ><o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify; LINE-HEIGHT: 150%; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"><span style="font-family:arial;"><span style="LINE-HEIGHT: 150%; mso-ansi-language: PTfont-size:9;" ><span style="font-size:78%;">Imagem: retirada do site <span class="a1"><span style="color:windowtext;">www.webluxo.com.br</span></span></span></span><span style="mso-ansi-language: PT"><o:p></o:p></span></span></p></div></div>Paulahttp://www.blogger.com/profile/04474201838375375194noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-20489891.post-28101020403391138432009-05-11T10:25:00.004+01:002009-05-11T10:36:33.867+01:00As vocações, os talentos e os oportunismos<a href="http://2.bp.blogspot.com/_IEPs6BuvvFY/Sgfwl6GF-gI/AAAAAAAAAIM/6kmeZirr89E/s1600-h/Livros.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5334496817684281858" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 131px; CURSOR: hand; HEIGHT: 80px" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_IEPs6BuvvFY/Sgfwl6GF-gI/AAAAAAAAAIM/6kmeZirr89E/s200/Livros.jpg" border="0" /></a>Sempre ouvi dizer que, para que uma vida valha a pena, temos de fazer 3 coisas antes de morrer: ter um filho, plantar uma árvore e escrever um livro. No que me diz respeito, as minhas 3 sobrinhas lindas preenchem quaisquer instintos maternais (parafraseando alguém, fico muito feliz quando chegam e fico muito feliz quando se vão embora) e a última árvore com que me cruzei revelou um profundo desprezo pelos meus esforços no sentido de lhe assegurar a fotossíntese. Agora no que toca a escrever um livro, posso dizer sem exageros que é um dos meus maiores sonhos.<br /><br />No entanto, eu tenho um profundo respeito, quase reverência, pela arte da escrita. Para mim, escrever é um acto superior, um acto de inspiração divina, o resultado de uma mente superior. Não é qualquer um que escreve um livro. Ou pelo menos costumava ser assim. É verdade. Depois de anos a pensar que não era digna de escrever um livro, de sequer ter a audácia de pensar que me poderia comparar a um “Escritor”, afinal agora descubro que a solução sempre esteve à minha frente. Para escrever um romance Best seller só tenho de me tornar pivot de um telejornal (e escrever sobre o nosso passado, seja no séc. XIX ou nos anos setenta, seja em Angola, Brasil ou S. Tomé) ou apresentadora de um programa televisivo com grandes audiências (e escrever sobre amor traído, amor desiludido ou qualquer outro tipo de amor caracterizável com um adjectivo acabado em “ido”). E pronto: não há que temer a falta de talento, nem suportar as rejeições por parte das editoras, está assegurada a visita da musa inspiradora.<br /><br />Sinceramente, eu até acredito que muita desta gente tenha algum talento, mas parece-me é estranho que todo ele se revele em simultâneo e com incríveis estratégias de marketing por trás. É ainda mais difícil de aceitar do que, de repente, todos os manequins e modelos portugueses tenham encarnado a Meryl Streep e falem da sua intensa vocação e profunda luta para “encarnar” personagens com a profundidade dramática de uma tábua de passar a ferro. Haja paciência!<br /><br /><span style="font-size:78%;">Imagem: retirada do site <a href="http://www.pqn.com.br/">http://www.pqn.com.br/</a></span>Paulahttp://www.blogger.com/profile/04474201838375375194noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-20489891.post-70555815274924462692009-05-04T11:23:00.004+01:002009-05-05T15:16:35.033+01:00O dilema da lingerie<a href="http://2.bp.blogspot.com/_IEPs6BuvvFY/Sf7CmShc5pI/AAAAAAAAAIE/EHXS-rNORXw/s1600-h/Lingerie.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5331912971916207762" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 74px; CURSOR: hand; HEIGHT: 100px" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_IEPs6BuvvFY/Sf7CmShc5pI/AAAAAAAAAIE/EHXS-rNORXw/s200/Lingerie.jpg" border="0" /></a>Não sei se é só comigo, se a <em>lingerie</em> não me favorece, mas o facto é que naqueles momentos especiais esta não parece durar mais de ½ minuto nos locais devidos. Apesar dos meus esforços de manter uma pose de diva de cinema, seminua, semi-vestida, durante pelo menos 5 minutos, as minhas peças interiores parecem ter um íman especial que as dispara em direcção ao candeeiro ou à cómoda nos primeiros 10” de qualquer encontro amoroso.<br /><br />E foi por isso que comecei a ter a insidiosa suspeita de que a <em>lingerie</em> só agrada às mulheres. De facto, não é preciso ser um cientista aeronáutico para saber que quando um homem olha para um catálogo <em>Victoria Secret</em> está a apreciar tudo menos os lacinhos de seda das ligas e a qualidade dos acabamentos nos corpetes. O que me parece é que a maior parte deles acaba estrábico de tanto espreitar pelos buraquinhos do soutien de bordado inglês com que a Gisele Bunchen aparece na 3ª página do dito livrinho. Mas neste caso eles não têm escolha senão mirar e remirar, não é como se a menina se fosse materializar à sua frente. Agora connosco, suas companheiras do dia-a-dia, a coisa pia diferente. Usando uma metáfora que lhes é muito querida, para quê que eles hão-de ficar a apreciar a carroçaria de um bólide, se podem entrar e experimentar o motor?<br />Assim, eu confesso que fico cheia de inveja quando alguma amiga me confessa que o seu namorado/marido adooora lingerie e que exige ver uma passagem de modelos todas as noites. E porquê? Primeiro porque eu adoooro <em>lingerie</em> e segundo porque este tipo de macho já parece estar em vias de extinção. Apesar de tudo o que a publicidade e as revistas “especializadas” nos dizem, todos os testemunhos masculinos que tenho ouvido ultimamente apontam para o facto de eles preferirem a coisa ao natural (sem qualquer trocadilho malicioso). Quando confrontados com a pergunta “Mas então vocês não gostam de <em>lingerie</em>?”, a resposta parece ser “Não ligo muito.” ou então “O que eu gosto mais é de a tirar…”, seguida de uma piscadela de olho acompanhada de um sorriso de mecânico libidinoso.<br /><br />Assim, e apesar de ainda existirem aqueles rapazes dados à sensualidade que apreciam um belo fio dental, o que me parece é que a maioria das mulheres anda a investir conjuntinhos minimalistas mais para si próprias, convencendo-se que será desta vez que eles vão descobrir o encanto de um cinto de ligas. É certo que a fatiota até funciona se aliada a uma escapadela fora de portas (em que eles temem ser apanhados) ou a uma experiência sensual paralela (em que eles têm de olhar sem tocar), mas no interior da alcova os senhores parecem preferir o regresso aos tempos de Adão e Eva: tudo bem visível e acessível.<br /><br /><span style="font-size:78%;">Imagem: retirada do site borboletamix.com.br</span>Paulahttp://www.blogger.com/profile/04474201838375375194noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-20489891.post-69759745586222980652009-04-27T09:08:00.004+01:002009-04-27T09:12:48.284+01:00Coisas que odeio - VII<a href="http://3.bp.blogspot.com/_IEPs6BuvvFY/SfVoKS9yspI/AAAAAAAAAH8/zc-U2WcksLU/s1600-h/Tempestade+água.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5329280260161843858" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 114px; CURSOR: hand; HEIGHT: 102px" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_IEPs6BuvvFY/SfVoKS9yspI/AAAAAAAAAH8/zc-U2WcksLU/s200/Tempestade+%C3%A1gua.jpg" border="0" /></a>Odeio pessoas que não têm o sentido das conveniências. Pessoas que agem de forma imatura e inconsequente e/ou tentam fazer os outros de parvos, sempre com a desculpa de que estes é que estão a “fazer uma tempestade num copo de água”.<br /><br />Este comportamento irrita-me em todas as suas formas, seja alguém fazer-se convidado para actividades ou conversas das quais estaria excluído à partida (deixando as restantes pessoas sem forma nem coragem de tomar uma atitude), seja essa mesma pessoa fazer um comentário boçal ou de tal modo descortês que coloque as restantes numa situação de total desconforto. Mas o que verdadeiramente me enfurece são os comportamentos que dizem respeito às relações íntimas.<br />Eu sinceramente não sei o quê que se passa, mas parece que agora é muito normal fazer coisas como oferecer roupa interior aos companheiros das outras ou tomar um copo com a namorada do melhor amigo quando este está fora. Não compreendo, não concordo e não aceito estas modernices. Desculpem lá, mas não é normal que uma pessoa convide o namorado/a de outra para um jantar a dois com o argumento de que não tem mal porque são só amigos; tal como não é normal que se ofereça um par de boxers ou um soutien a parceiros alheios, só porque se achou que a peça de roupa tinha “piada”. Amigos e amigas, se necessitam absolutamente de ter uma conversa a dois com alguém comprometido, a tarde é sempre uma boa alternativa, tal como um café é sempre preferível a um bar ou restaurante; por outro lado, se gostam de dar prendas com piada, o meu conselho é que comprem canecas ou pins (e, de preferência, sem insinuações eróticas ou sexuais). Obviamente, há situações e situações, mas não me parece muito difícil compreender porque que um jantarzinho a dois causa alguma urticária; tal como é absolutamente compreensível que, perante uma lingerie oferecida por terceiros (avós, pais e irmãos não contam), o único instinto que se levante seja o homicida. Em caso de dúvida é muito simples: basta perguntarem-se o que achariam se estivessem do outro lado (sejam sinceros, que é muito fácil tornear a verdade para servir os nossos interesses).<br /><br />E juro que se mais alguém me diz que estou a fazer uma tempestade num copo de água (habitualmente costumam ser os homens, que usam este argumento em qualquer discussão que tenham com uma mulher, numa tentativa de nos fazerem vacilar perante a ameaça da irracionalidade - mas também existem algumas mulheres, ditas “modernas”, que acham tudo bastante “normal”… até se verem nelas), vai ser bastante difícil controlar os raios e trovões que se vão seguir.<br /><br /><span style="font-size:78%;">Imagem: retirada do site www.casaconhecimento.com.br</span>Paulahttp://www.blogger.com/profile/04474201838375375194noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-20489891.post-91788090151147949942009-04-20T09:19:00.003+01:002009-04-20T09:23:17.384+01:00Ou cale-se para sempre.<a href="http://3.bp.blogspot.com/_IEPs6BuvvFY/SewwJ_NxiuI/AAAAAAAAAHs/3s9aRAIdx8c/s1600-h/Não+se+passa+nada.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5326685407418616546" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 122px; CURSOR: hand; HEIGHT: 88px" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_IEPs6BuvvFY/SewwJ_NxiuI/AAAAAAAAAHs/3s9aRAIdx8c/s200/N%C3%A3o+se+passa+nada.jpg" border="0" /></a>Os homens costumam queixar-se de que as mulheres nunca dizem aquilo que realmente estão a pensar. Existe até a anedota de que um homem deve começar a preocupar-se quando pergunta à sua companheira o que se passa e ela responde “Nada…”, com aquele ar “fodido descontraído” que só as mulheres conseguem fazer. E tem piada, porque todos nos podemos identificar com ela. Mas mulheres, como chapéus, há muitas, e se há coisa que não somos é lineares.<br /><br />Algumas mulheres fariam Marlene Dietrich corar de inveja: frias e implacáveis, jogam com as mesmas armas dos homens. Quando uma mulher destas responde “nada”, a probabilidade é que realmente não se preocupe mesmo nada com o que eles fizeram ou deixaram de fazer. São as chamadas “<em>femmes fatales</em>”, as que os fazem sofrer e que eles nunca esquecem. Mas estas mulheres são tão raras que, para ser sincera, ainda só vi espécimes destes em filmes.<br />Depois há as mulheres que tentam ser assim. São exímias a jogar o jogo do “não se passa nada”, levando os companheiros a um de dois pontos: ou enlouquecem a tentar descobrir o que raio fizeram desta vez (o que pode levar a gastos significativos em flores, bombons e perfumes), ou simplesmente suspiram de alívio por não serem confrontados, continuando a fingir que realmente nada se passou (ou seja, a mulher acaba com uma úlcera nervosa de tanto fingir desprendimento à espera de uma reacção).<br />Existe ainda uma estirpe de mulheres, raríssima, que consegue simplesmente não agir até que confirme a existência de uma razão para o fazer. Ou seja, esta mulher espantosa, consegue controlar o vulcão de emoções que todas temos bem junto ao coração, fingir que nada a preocupa e… esperar. Esperar até que ele se traia sozinho, sem sequer desconfiar que o está a fazer debaixo da mira de um caçador implacável. Eu tenho o privilégio de conhecer pelo menos uma destas mulheres. E o que eu aspiro a um dia vir a ser assim… Classe, amigas, pura classe.<br />Mas, por enquanto, não sou. Eu incluo-me num quarto grupo de mulheres. E connosco, a coisa funciona de forma um pouco diferente. Imaginemos que a cara-metade faz alguma coisa que dispara o meu sistema nervoso. Eu fico um máximo de 5 minutos a considerar se devo ou não chatear-me, a tentar assumir uma atitude <em>blasé</em> face à situação (é mais ou menos neste ponto que surge a famosa resposta “Nada…” se ele calha de detectar o arrefecimento do ambiente); passado esse tempo de reflexão (que em mim funciona mais como um período de ebulição), salta-me completamente a tampa e passo ao ataque, utilizando todas as armas possíveis e imaginárias, com destaque para uma incontrolável fluência verbal e para uma memória invejável.<br /><br />E pronto. Neste último grupo não corremos o risco de sofrer uma apoplexia nervosa, nem de nos transformarmos em vinagre devido a amarguras acumuladas. Dizemos tudo o que temos direito e sobra-nos tempo. Mas, junto deles, adianta de alguma coisa? Duvido (pelo menos tendo em conta o número de vezes que a situação se repete). A grande satisfação que eu consigo tirar de ser assim é que, pelo menos, ninguém pode atirar com a famosa frase “Se tu não dizes nada, como é que queres que eu adivinhe?”.<br /><br /><span style="font-size:78%;">Imagem: retirada do site www.topnews.in</span>Paulahttp://www.blogger.com/profile/04474201838375375194noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-20489891.post-84402482902928075792009-04-13T10:12:00.006+01:002009-04-20T09:23:30.170+01:00“La Maleta roja” ou “Agora quem é que nos pára?”<a href="http://www.lamaletaroja.com/pt_PT/index.php?js=1"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5324101746453926994" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 150px; CURSOR: hand; HEIGHT: 102px" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_IEPs6BuvvFY/SeMCVIFsVFI/AAAAAAAAAHk/M9OFk7C047I/s200/La+maleta.bmp" border="0" /></a>Há algum tempo atrás vi a minha curiosidade espicaçada por uma reportagem televisiva em que se falava da “La Maleta Roja”. Dizia o jornalista que esta empresa de venda de produtos eróticos para mulheres, nascida em Espanha, se estava a espalhar rapidamente no nosso País, que as portuguesas estavam a aderir em massa a uma ideia que lhes colocava nas mãos as rédeas do prazer, fosse ele a dois ou isoladamente. E o facto é que, pouco tempo depois, começou a referir-se frequentemente a dita maleta, fosse em conversas de amigas ou “cusquices” de escritório. Gostei do que ouvi, procurei saber mais, quis a toda a força participar numa das reuniões. E foi o que fiz.<br />Preparem a mente e o corpo, coloquem os cintos de segurança e sigam-me numa viagem ao “íntimo feminino”...<br /><br /><em>A teoria</em><br />O inovador conceito da “La Maleta Roja”, criado por mulheres e para mulheres, teve origem numa senhora iluminada, de nome Dina, que resolveu agir com base numa série de premissas das quais todas temos mais que conhecimento:<br />.As mulheres são seres sexuais, com necessidades tão ou mais intensas que as dos homens.<br />.As mulheres são cada vez mais exigentes no campo da sexualidade, não abdicando já da sua própria satisfação.<br />.As mulheres têm um papel essencial na relação a dois, assumindo muitas vezes o papel de potenciador e gestor das necessidades.<br />.As mulheres já não aceitam que a ausência de um parceiro lhes limite o prazer sexual.<br />.As mulheres têm cada vez mais poder de compra e são naturalmente curiosas/ interessadas por tudo o que possa influenciar a sua qualidade de vida.<br />.As mulheres não se sentem particularmente confortáveis em Sex Shops (criadas por homens e para homens).<br />Vai daí, a Dona Dina, reconhecendo esta apetência do mercado, decide encontrar uma forma de a explorar, de levar as Sex Shops até às mulheres. Começa por fazer uma pesquisa e selecção de produtos especificamente direccionados para o sexo feminino e depois, num lance de mestria, resolve implementar um conceito que subverte as habituais reuniões de Tupperware (em que as nossas mães se ocupavam a escolher saladeiras e pinças para batatas fritas), transformando-as em reuniões de Tuppersex (em que as mulheres se ocupam a escolher artigos bem mais interessantes).<br />O resultado, em condições normais, é a conjugação de uma tarde muito divertida com uma estratégia de vendas quase infalível: um grupo de amigas/conhecidas excitadas e bem-dispostas (mínimo, oito mulheres), o ambiente acolhedor da sala de uma delas (a anfitriã do encontro), a possibilidade de descobrir e experimentar pessoalmente uma série de novidades sexuais (comentando e comparando experiências) e uma assessora desinibida (para explicar dúvidas e aconselhar as soluções mais adequadas).<br /><br /><em>A prática</em><br />Sábado, 04 de Abril de 2009, chez Bárbara.<br />Depois de algumas semanas de expectativa (sim, sim, com tudo aos pulos…), eis que finalmente participei da minha primeira reunião de Tuppersex. E adorei: não só correspondeu, como superou as expectativas.<br />Começámos com uma mostra de cosméticos comestíveis (!), destinados a despertar todos os sentidos e mais algum: do <a href="http://www.lamaletaroja.com/pt_PT/tienda/shop_product.php?nid=3582&cat=%D3leos+e+Cremes&ref=C-91818">óleo afrodisíaco de morango/champanhe </a>ao <a href="http://www.lamaletaroja.com/pt_PT/tienda/shop_product.php?nid=2542&cat=%D3leos+e+Cremes&ref=C-91827">creme corporal de framboesa</a>, passando pelos <a href="http://www.lamaletaroja.com/pt_PT/tienda/shop_product.php?nid=2551&cat=Prazeres&ref=C-00115">pós de mel </a>e pelo <a href="http://www.lamaletaroja.com/pt_PT/tienda/shop_product.php?nid=2545&cat=Prazeres&ref=C-91835">chocolate com pincel</a>, todos os produtos exalam as mais deliciosas fragrâncias, asseguram o mais envolvente dos toques e convidam a experimentar os mais apetitosos sabores nos corpos dos companheiros (digamos que não foi difícil imaginar-me qual Rembrant, de pincel de chocolate em punho, frente a uma tela viva, palpitante, numa cama de cetim… haverá melhor maneira de ingerir uns gramas de chocolate, livres à partida do remorso graças ao inevitável exercício físico que se seguirá?).<br />A reunião continuou com alguns produtos mais “exóticos”, dos quais posso referir as famosas <a href="http://www.lamaletaroja.com/pt_PT/tienda/shop_product.php?nid=2499&cat=Bolas&ref=A-00300-02">bolas de Kegel </a>(que juntam o útil ao agradável), <a href="http://www.lamaletaroja.com/pt_PT/tienda/shop_product.php?nid=2608&cat=Bondage&ref=F-00030">algemas de felpa</a>, chicotes com penas, <a href="http://www.lamaletaroja.com/pt_PT/tienda/shop_product.php?nid=2509&cat=An%E9is&ref=A-00160">anéis penianos</a> (com e sem “<a href="http://www.lamaletaroja.com/pt_PT/tienda/shop_product.php?nid=2505&cat=An%E9is&ref=A-00178">coelhinhos</a>”, “golfinhos” e outros animais mais ou menos “vibratórios”), <a href="http://www.lamaletaroja.com/pt_PT/tienda/shop_product.php?nid=2525&cat=Anal&ref=A-00321">plugs anais</a>, etc. Mas, nesta categoria, sem dúvida que o destaque terá de ir para um Spray excitante, de apropriado nome “<a href="http://www.lamaletaroja.com/pt_PT/tienda/shop_product.php?nid=2569&cat=Estimulantes&ref=C-10002">Volaré</a>”. Duas borrifadelas, uma leve massagem e lá vamos nós: cócegas marotas, calores intensos, picos gelados, subir, descer, cruzar e descruzar pernas, arrepios de prazer, rubor nas faces… isto sem falar do que acontece quando acompanhamos o dito produto de um massajador (que os há ergonómicos, de vários formatos e até em esponja, para utilizar no banho – nunca mais vou olhar para um <a href="http://www.lamaletaroja.com/pt_PT/tienda/shop_product.php?nid=2446&cat=Fantasia&ref=A-00156">morango </a>da mesma forma…). Aí é mais “Adeus, ó tchau, fui-me embora!”.<br />Para o fim da festa ficaram guardados os reis do prazer feminino, arqui-inimigos dos homens, os famosos vibradores (não confundir com massajadores, dos quais já falei e que se destinam sobretudo ao exterior, nem com dildos, cuja forma se assemelha, mas aos quais falta a pujança das pilhas). As expectativas eram altas, especialmente depois dos preliminares, mas mais uma vez não houve desilusões. Havia um para cada gosto: os <a href="http://www.lamaletaroja.com/pt_PT/tienda/shop_product.php?nid=2477&cat=Vibradores+Mini&ref=A-00318-01">chiques</a> (tamanho standard, textura suave, formato liso – muito clean e asséptico, semelhante a um massajador), os <a href="http://www.lamaletaroja.com/pt_PT/tienda/shop_product.php?nid=2426&cat=Vibradores+Cl%E1ssicos&ref=A-00042-09">design</a> (tamanho standard, textura macia, formato semi-realista – com o aliciante de vibrarem em vagas de impulsos distintas), os <a href="http://www.lamaletaroja.com/pt_PT/tienda/shop_product.php?nid=2491&cat=Vibradores+Realistas&ref=A-00162">realistas </a>(maiores ou mais pequenos, impressionantes na sua similitude venosa) e, finalmente, o matador, para as verdadeiramente corajosas: o <a href="http://www.lamaletaroja.com/pt_PT/tienda/shop_product.php?nid=2442&cat=Duplo+prazer&ref=A-00306">Icebreaker</a>. Este imponente falo mecânico (sim, é grande!), além de vibrar com uma intensidade impressionante, é composto ainda por uma estrutura central, com um sistema de rotação independente, na qual se movem algumas dezenas de pérolas, e por um pequeno golfinho, com um sistema de vibração próprio, destinado unicamente ao clítoris. E pronto: cá está a resposta às preces de muitas mulheres e aos pesadelos de qualquer homem.<br />A reunião terminou com uma deliciosa tarte de limão e canela e muitas (imensas) encomendas. Um sucesso a todos os níveis. Agora é só esperar que cheguem os produtos para pôr as rodas da sedução em curso. Eles que se preparem.<br /><br />Em nota de fecho, que este já é o maior post do mundo, resta-me apenas dizer que é compreensível o sucesso da “La Maleta Roja”. Durante muitos anos ficava mal a uma mulher falar sobre este tema tabu, assumir-se como ser sexual, frequentar Sex Shops (a não ser por curiosidade ou para apimentar uma Despedida de Solteira). Ainda hoje, modernas que nós somos, nos espantamos quando esta ou aquela amiga assume ter um vibrador (ou vemos os olhares de “A sério?!” quando somos nós a assumi-lo).<br />E de repente aparecem estas reuniões. Não é difícil perceber a adesão de grupos perfeitamente heterogéneos de mulheres, o porquê de não existir um target específico, uma faixa etária definida, nem uma classe social prioritária. Ali somos todas só mulheres, com os mesmos problemas, ânsias e necessidades, livres para falar das nossas expectativas e receios, para testarmos este ou aquele produto, para nos rirmos à gargalhada com este ou aquele resultado, para trocarmos opiniões e histórias pessoais.<br />Eu recomendo.<br /><br /><span style="font-size:78%;">Imagem: retirada do site http://mywordpress2.wordpress.com</span>Paulahttp://www.blogger.com/profile/04474201838375375194noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-20489891.post-53224174397643276892009-04-06T10:15:00.003+01:002009-04-06T10:24:36.501+01:00Maria chorona<a href="http://4.bp.blogspot.com/_IEPs6BuvvFY/SdnIwFqEsnI/AAAAAAAAAHE/GNXGX7NLZe4/s1600-h/chorão.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5321505163192873586" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 85px; CURSOR: hand; HEIGHT: 81px" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_IEPs6BuvvFY/SdnIwFqEsnI/AAAAAAAAAHE/GNXGX7NLZe4/s200/chor%C3%A3o.jpg" border="0" /></a>Antigamente contava pelos dedos de uma mão as pessoas que me tinham visto chorar, agora tenho de fazer contas às que ainda não me viram fazê-lo. Não sei bem o que se passou, mas entre a saída da adolescência e a entrada na vida adulta, alguma coisa mudou em mim. Alguma coisa que me parece estar a intensificar-se consideravelmente com a idade.<br /><br />Há muitos (tantos…) anos atrás, eu fazia gala de nunca chorar à frente de ninguém. A minha ideia era esta: toda a gente quer bater no ceguinho, e se uma pessoa se mostra fragilizada à frente de quem quer que seja, essa pessoa vai, invariavelmente, ver-nos como alguém fraco e tentar trepar. Por isso mesmo, nessa altura só duas ou três pessoas bem próximas (leia-se “mãe” e “irmã”) viram lágrimas nos meus olhos.<br />Ora, isto funcionou muito bem enquanto os meus únicos problemas se limitavam às ocasionais chatices com amigas, às desilusões amorosas com o garanhão do liceu e aos conflitos que as saídas à noite desencadeavam em casa. A partir do momento em que pude ser considerada oficialmente adulta, a coisa começou a mudar: fosse um stress incontrolável no emprego, algumas situações pessoais angustiantes ou problemas incontornáveis numa relação íntima, o certo é que as lágrimas começaram a aparecer com bastante mais frequência. E de repente eu, que tinha por hábito caracterizar-me como uma pessoa “forte”, vi as minhas defesas caírem pouco a pouco, deixando expostos alguns sentimentos.<br />De início preocupou-me, achei que estava a ficar fraca, descontrolada, demasiado “gaja”. Irritava-me saber que esta ou aquela pessoa já me tinham visto chorar, que não conseguia corresponder à imagem que eu própria tinha construído para mim. Neste momento, acho que se continuasse e fazer jogos e resistências, mantendo todo o sofrimento fechado dentro de mim, ia acabar com o coração azedo e a alma em fanicos (já assisti a alguns casos pessoalmente). E como não tenho outro remédio senão aceitar que a minha natureza é esta (entre a pedra e a água, entre o calor e o frio, entre o dia e a noite, entre sorrisos e choros), passei a preocupar-me bem menos com o que os outros vão ou não pensar, e a preocupar-me bem mais comigo. Assim, tenho chorado sempre que algo o justifica, sempre que o meu coração sofre por alguma coisa: seja porque a vida afasta alguém importante (nos últimos tempos tem-no feito com considerável regularidade), seja porque num filme morre uma personagem adorável (as últimas lágrimas dedico-as ao “pior cão do mundo”).<br /><br />E de uma coisa tenho a certeza: não são meia dúzia de lágrimas que mostram a essência de alguém, nem são elas que definem a sua força ou fraqueza. O que importa são as nossas atitudes e a postura que assumimos, o carácter que revelamos nas alturas certas. Com choros ou sem eles, o que não devemos é permitir que abusem ou tripudiem de nós. Afinal, se o camelo não se baixasse não lhe punham a carga em cima (ainda que estivesse a chorar copiosamente…).<br /><br /><span style="font-size:78%;">Imagem: retirada do site noticiasimpossiveis.wordpress.com</span>Paulahttp://www.blogger.com/profile/04474201838375375194noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-20489891.post-7315806951430847832009-03-09T09:11:00.003+00:002009-03-09T09:17:55.645+00:00A sombra do vento, Carlos Ruiz Zafrón<div align="left"><a href="http://1.bp.blogspot.com/_IEPs6BuvvFY/SbTd7iXI5RI/AAAAAAAAAG8/CMnQGcRV_iU/s1600-h/A+sombra+do+vento.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5311113875482535186" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 136px; CURSOR: hand; HEIGHT: 200px" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_IEPs6BuvvFY/SbTd7iXI5RI/AAAAAAAAAG8/CMnQGcRV_iU/s200/A+sombra+do+vento.jpg" border="0" /></a>Eu li este livro de forma casual. Nunca tinha ouvido falar dele, nem sequer fui eu que o comprei. De entre uma pilha colocada na mesinha de cabeceira, este teve prioridade porque foi recomendado insistentemente por “aquela” pessoa. E ainda bem que o fez.<br /><br />Este é um livro sobre um livro. Melhor: sobre os efeitos que um bom livro pode ter sobre alguém, sobretudo se a pessoa estiver naquela idade influenciável em que os gostos (e os desgostos) são para a vida. A história é um entrançado de realidade com mito, de amores de morrer com ódios de estimação, de heróis improváveis com vilões inesquecíveis. Tudo bem misturado e servido na armadilha de uma Barcelona de inícios do séc. XX, repleta de espaços sedutores e ruelas tortuosas, pintada de cores intensas por um clima que denuncia emoções, fecunda de mistérios e histórias inacabadas, habitada por personagens absolutamente únicas (sendo a própria cidade uma delas).<br />Não vou revelar muito mais, porque fazê-lo seria desvendar o segredo. Posso apenas dizer duas coisas: a primeira é que este livro surpreende a cada capítulo, capturando o leitor numa viagem única, a segunda é que apresenta ao mundo uma das personagens mais deliciosas de sempre. Fermín Romero de Torres, filósofo por mérito próprio e profundo conhecedor do coração das mulheres, semeia pérolas a cada capítulo, deixando o leitor ávido pelas suas intervenções na história. Para abrir o apetite, deixo aqui uma das muitas dissertações deste D. Juán conselheiro sobre as diferenças entre os sexos: </div><div align="left"><em>“O coração da fêmea é um labirinto de subtilezas que desafia a mente grosseira do macho trapaceiro. Se quiser realmente possuir uma mulher, tem de pensar como ela, e a primeira coisa é conquistar-lhe a alma. O resto, o doce envoltório macio que nos faz perder o sentido e a virtude, vem por acréscimo.”<br /></em><br />Este “mistério literário” (como tem sido descrito) é mágico e tornou-se de imediato um dos meus livros de eleição. Trata-se de um inevitável clássico, de mais de 600 páginas, que conseguiu arrebatar-me, transportar-me e fazer-me acreditar num universo que estica a realidade a cada momento. E não é isso mesmo que esperamos de um bom livro?<br /><br /><span style="font-size:78%;">Imagem: retirada do site www.editoras.com/objetiva/604-9.htm</span></div>Paulahttp://www.blogger.com/profile/04474201838375375194noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-20489891.post-86336666234634194102009-03-02T10:18:00.002+00:002009-03-02T14:29:37.957+00:00Pelo menos uma vez na vida.<a href="http://3.bp.blogspot.com/_IEPs6BuvvFY/Sauy2CBFqyI/AAAAAAAAAG0/vP6BmJzFCEs/s1600-h/Sexy.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5308533227110378274" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 120px; CURSOR: hand; HEIGHT: 117px" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_IEPs6BuvvFY/Sauy2CBFqyI/AAAAAAAAAG0/vP6BmJzFCEs/s200/Sexy.jpg" border="0" /></a>As mulheres tendem a procurar um pouco de substância nos homens com quem decidem partilhar as suas vidas. Querem alguém que seja minimamente inteligente, perspicaz e determinado, um homem com quem se consiga conversar, argumentar, evoluir (sobretudo se estivermos a pensar em filhos, que todas sabemos que não é muito inteligente jogar à roleta russa genética).<br /><br />Apesar de concordar com tudo isso, eu defendo que todas as mulheres, num ou noutro ponto da sua vida, deviam namorar com um homem apenas bonito. Burrinho, burrinho, mas lindo de morrer. Um desses.<br />E porquê? Porque este tipo de homem tem duas características que fazem muito bem a uma mulher. A primeira é que funcionam como uma obra de arte: nunca nos cansamos de olhar para eles, estudar cada detalhe, pensar como é que houve alguém que conseguiu fazer aquilo. Ajudam a tornar os dias mais interessantes e a criar a ilusão de que a essência do belo é acessível. A segunda característica assenta no facto de que a maioria destes homens, para nos apanharem, tende a compensar a falta de “cultura” com atenções redobradas e palavras bonitas (o tão famoso “coro”). E, independentemente de cairmos ou não, o facto é que nós gostamos: elogios, mimos e flores sabem sempre bem, independentemente das suas motivações.<br />Sim, sim, é chato estar com alguém que não dá duas para a caixa, mas numa relação que se pretende ligeira a falta de inteligência só incomoda por dois ou três segundos. É o tempo de pensar “Mas o quê que ele disse?...” para a libido rebater logo “Mas é tão Bom!”. Além disso, pelo menos por uns tempos andamos felizes da vida, a sentirmo-nos mais desejadas que a Cleópatra.<br /><br />Eu recomendo vivamente a experiência, nem que seja só um bocadinho, só naquela altura em que estamos mesmo a precisar. É certo que um homem destes não será para casar (nunca chega a passar de algo físico), mas que faz maravilhas à vista e à cútis, lá isso faz.<br /><br /><span style="font-size:78%;">Imagem: retirada do blog palavras-a-deriva.blogspot.com</span>Paulahttp://www.blogger.com/profile/04474201838375375194noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-20489891.post-29336107869005717432009-02-25T09:17:00.003+00:002009-02-25T14:23:48.889+00:00O circo das vaidades<a href="http://2.bp.blogspot.com/_IEPs6BuvvFY/SaUMt9TfuyI/AAAAAAAAAGk/CuwlKLUwGmY/s1600-h/Palhaço.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5306661719615978274" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 128px; CURSOR: hand; HEIGHT: 142px" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_IEPs6BuvvFY/SaUMt9TfuyI/AAAAAAAAAGk/CuwlKLUwGmY/s200/Palha%C3%A7o.jpg" border="0" /></a>Há reuniões que só estando lá é que se acredita. A intenção original é esclarecer, mas no final a única coisa que conseguem é confundir.<br /><br />Entre os Marretas e os Soldados da Fortuna, é um vê-se-te-avias de comentários tragicómicos e ataques pessoais. As pessoas parecem aqueles bonecos de corda que alguém colocou a andar todos ao mesmo tempo. E lá vão eles, em todos os sentidos, completamente cegos, a bater uns contra os outros. É triste de se ver, mas mais triste ainda de se participar.<br />Há anos que me vejo envolvida nestes circos armados, em que uns são palhaços e outros trapezistas, mas todos se dão ares de domadores de leões. Chega a tal ponto que uma pessoa não sabe se chora, se ri diante de tais figuretas. Eu já há muito que tento pendurar o meu fato colorido e o nariz vermelho, mas esporadicamente ainda sinto que me estão a tentar pentear a juba e não consigo deixar de sacar o chicote.<br /><br />A verdade é que já estou demasiado cansada de ver espectáculos para os quais não paguei bilhete. Talvez esteja mais do que na altura de virar para a agricultura.<br /><br /><span style="font-size:78%;">Imagem: retirada do site quartaparede.wordpress.com</span>Paulahttp://www.blogger.com/profile/04474201838375375194noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-20489891.post-72664267823006606952009-02-16T10:08:00.004+00:002009-02-17T14:34:23.101+00:00As acções ficam com quem as pratica.<a href="http://1.bp.blogspot.com/_IEPs6BuvvFY/SZk8eT8MeuI/AAAAAAAAAGU/jJCJpxCnsGY/s1600-h/Consciência.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5303336527651961570" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 113px; CURSOR: hand; HEIGHT: 127px" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_IEPs6BuvvFY/SZk8eT8MeuI/AAAAAAAAAGU/jJCJpxCnsGY/s200/Consci%C3%AAncia.jpg" border="0" /></a>A minha mãe é uma daquelas pessoas genuinamente boas. Uma pessoa que quando pergunta “Como estás?” quer mesmo ouvir a resposta. Uma pessoa que faz bolos para levar a uma vizinha que esteja doente ou a quem tenha morrido o gato. Uma pessoa que pensa nas outras sem esperar nada em troca.*<br /><br />Eu nunca fui assim. Na minha cabeça sempre fez bem mais sentido o cepticismo e a visão negra do mundo apadrinhada pelo meu pai, do que a atitude positiva e bem-intencionada da minha mãe. Isto resultou em que raramente compreendesse as suas acções e em que várias vezes a chateasse com comentários como “Olha que ela não faz isso por ti.” ou “Parece que ainda não aprendeste.” ou o clássico “Lá está a mãe a justificar o injustificável.”. Tantas disse e tanto a julguei que, certa ocasião, teria eu uns 20 e poucos anos, ela lá decidiu responder-me à letra. E, como tantas outras vezes, fê-lo com um ditado certeiro.<br />Nesse dia, ela lembrou-se de ligar a uma conhecida para saber como é que ela estava de uma doença que nem vale a pena nomear. E eu logo “Olha que ela a ti não te ligou quando tu estiveste doente. Só te liga quando precisa de alguma coisa. Não sei porque é que insistes.”. Já com o auscultador do telefone na mão, ela virou-se para mim, com o olhar magoado, e disse numa voz pausada: “As acções ficam com quem as pratica.”. Comi e calei.<br /><br />Mais uma lição, mais uma dica para ser uma pessoa melhor: não devemos agir tendo em vista determinado resultado ou em função da reacção das outras pessoas. Isto é, as nossas atitudes devem ser regidas pela nossa consciência, pelo que nos faz sentir bem connosco mesmos. E não interessa o que os outros digam ou façam em resultado da nossa acção, desde que a mesma faça sentido na nossa cabeça e coração.<br /><br />*Das únicas vezes em que a vi verdadeiramente furiosa foi quando alguém caiu no erro de se meter com qualquer um dos seus filhos. Aí sim, o gato vira leão e é um vê se te avias J.<br /><br /><span style="font-size:78%;">Imagem: retirada do site </span><a href="http://www.recantodossonhos.com/"><span style="font-size:78%;">www.recantodossonhos.com</span></a>Paulahttp://www.blogger.com/profile/04474201838375375194noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-20489891.post-38580810506788587762009-02-09T09:18:00.003+00:002009-02-25T14:21:47.456+00:00Afinal, o quê que nós queremos?<a href="http://1.bp.blogspot.com/_IEPs6BuvvFY/SY_1VuHl6II/AAAAAAAAAF0/V8GY4bkwGPo/s1600-h/Brad+Pitt.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5300725039944296578" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 130px; CURSOR: hand; HEIGHT: 130px" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_IEPs6BuvvFY/SY_1VuHl6II/AAAAAAAAAF0/V8GY4bkwGPo/s200/Brad+Pitt.jpg" border="0" /></a> <div><a href="http://3.bp.blogspot.com/_IEPs6BuvvFY/SY_1aQXwLmI/AAAAAAAAAF8/RDskK4nL3-M/s1600-h/Al+Pacino.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5300725117858360930" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 104px; CURSOR: hand; HEIGHT: 130px" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_IEPs6BuvvFY/SY_1aQXwLmI/AAAAAAAAAF8/RDskK4nL3-M/s200/Al+Pacino.jpg" border="0" /></a>Há alguns dias li uma crónica na “Notícias Magazine” que me deixou a matutar. Não me lembro agora do título, mas era da autoria de João Miguel Tavares e tratava das duas características que as mulheres mais valorizam num homem.<br /><br />O tema interessou-me de imediato, até porque era daquelas coisas em que eu já tinha pensado – sabem como é, são aquelas perguntas que sabemos que nos vão colocar quando formos famosas (juntamente com “Qual foi o livro que mais a marcou?” ou “Qual a receita de bacalhau que mais estimula as suas papilas gustativas?”), pelo que preparamos as respostas mais inteligentes e politicamente correctas, de forma a impressionar sem ferir sensibilidades. Ora, nas minhas reflexões sobre o assunto, eu tinha chegado à brilhante conclusão de que as qualidades que mais me seduzem num homem são a inteligência e o humor. Precisamente aquelas que João Miguel Tavares satirizava na sua crónica.<br /><br />Dizia este homem, obviamente inteligente e com um sentido de humor apuradíssimo, que acha imensa graça quando ouve as mulheres enumerarem estas duas características como resposta à dita pergunta. Isto porque tinha confirmado, por experiência própria, que nenhuma das duas lhe serviu de muito nas alturas em que tinha pretendido arranjar uma namorada. Segundo ele, as companheiras de estudo que enchiam a boca para falar de homens com cérebros iluminados e riso fácil, eram as mesmas que passavam por ele, a grande velocidade, em direcção ao atleta giraço e obtuso que não conseguiria soletrar “humor” nem que a sua vida dependesse disso. Agradou-me a lucidez e a ironia deste homem, gostei do que li, ri-me e identifiquei-me.<br />Mas depois pensei: “Isso queriam eles, que nós fossemos tão fáceis de interpretar”. Decidi que a crónica tinha parado na altura certa para assegurar a piada, que o cronista não tinha ido mais fundo por escolha (note-se que ele falava depois de uma “alma caridosa” que lhe tinha dedicado a atenção desejada…). Decidi ir eu.<br /><br />As mulheres querem, de facto, um homem inteligente e com humor. E também querem que este homem tenha o aspecto de um Brad Pitt em “Meet Joe Black”. Ou seja, de uma forma estereotipada podemos dizer que, enquanto os homens procuram as qualidades que valorizam em várias mulheres (a “amante” explosiva, a “mulher” companheira, a “amiga” cúmplice, a “mãe” omnipresente / ou / a “ruiva” quente, a “morena” sensata e a “loira” glaciar…), o que as mulheres pretendem são todas as qualidades compactadas num único homem. Só isto. Até aqui é fácil, é a análise superficial. O que se passa depois é que exprime a verdadeira essência das mulheres. É que, independentemente do que idealizaram, as mulheres são capazes de se apaixonar perdida e irremediavelmente por um Al Pacino. Para nós, a inteligência e o humor, bases do carisma, são armas tão poderosas como a beleza para eles. E o que fazemos então com os nossos ideais de perfeição? Passamo-los para nós próprias, tentando fazer malabarismos incríveis para satisfazer as fantasias e necessidades do nosso homem simpático e inteligente. É este o nosso fardo e a nossa maior virtude: a capacidade de começar a amar alguém só porque cita o nosso autor favorito, porque diz a piada certa na altura certa, porque o seu toque arrepia cada célula do nosso ser.<br /><br />Independentemente da análise, devo dizer que quando for confrontada com a tal pergunta, vou passar a dar a mesma resposta que dei aos 15 ou 16 anos quando, perante a minha recusa a namoricos mais sérios, algumas amigas me perguntaram “Afinal, o quê que tu queres num homem?”. Resposta: Carácter e personalidade (às vezes, para voltar às origens, é preciso um distanciamento que só se atinge com a maturidade).<br /><br /><span style="font-size:78%;">Imagem: retirada do site popularbiographies.wordpress.com e www.recados.net</span></div>Paulahttp://www.blogger.com/profile/04474201838375375194noreply@blogger.com0