segunda-feira, janeiro 14, 2008

Coisas que odeio - III

ODEIO pessoas burras. Elas têm de existir, eu sei, mas ser obrigada a trabalhar com elas… por favor.

Toda a gente sabe de que tipo de pessoas estou a falar. São aquelas a quem nós explicámos 132 vezes, oralmente e por escrito, como é que determinado trabalho se desenrola e, de cada vez que o mesmo vem à baila, nos mandam mails que têm todas as indicações e elementos menos os necessários. São aquelas que, depois das 132 explicações, ainda não perceberam exactamente porquê que insistimos em pedir-lhes tais informações. São ainda aquelas que, quando acedemos a telefonar para lhes dizer mais uma vez como deveriam ter feito o seu trabalho, nos tratam com um certo desprezo e uma arrogância que roça a má educação.
No entanto, fique registado que também há pessoas que são simplesmente burras, sem a fraca atitude. O problema é que essas tendem a ser servis, o que ainda me enerva mais. São as “coitadinhas”, de quem chegamos a ter pena, tão patéticas que são. A culpa de não entenderem rigorosamente nada daquilo que já lhes explicamos as tais 132 vezes nunca é delas: é sempre do trabalho (que têm invariavelmente em excesso), do chefe (que nunca tem disponibilidade – disposição? - para as ouvir), dos timings (é tudo pedido em cima da hora e não há tempo para pensarem no assunto – este optimismo é enternecedor), de Deus (que parece determinado em complicar-lhes a vida, só para que não cheguem a casa a tempo de ver a novela/futebol das seis).

Mas há mais. Além de termos de aturar palermas que foram obviamente contratados por um energúmeno isento de qualquer capacidade de análise inter-pessoal, especificamente para arruinar os nossos dias e esmagar toda a réstia de bom humor, ainda temos de proceder com todo o cuidado para não ferir susceptibilidades. Sim, porque estas pessoas (as burras) têm uma sensibilidade extremamente delicada, suspeito que por desconfiarem que não foram premiadas com grande capacidade intelectual e terem receio que as outras pessoas detectem esse facto caso se comportem normalmente.

Haja paciência, que a minha há muito se esgotou. Já não posso aturar mais estas incursões que sou obrigada a fazer regularmente ao Planeta dos Idiotas. Chega. Que me saia rápido o Euro Milhões, antes que eu parta para a ignorância e acabe sem emprego por ter dito a uma dessas pessoas exactamente o que pode fazer com o seu cérebro diminuto e com o seu nariz empinado/espinha vergada.

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