segunda-feira, fevereiro 25, 2008

Do que tu precisas sei eu

No mundo do trabalho predomina a ideia generalizada de que qualquer mulher que se mostre mais assertiva e implacável na defesa das suas convicções está a ser negligenciada em casa. Isso mesmo. Enquanto um homem que dê dois murros na mesa quando é preciso é considerado bom profissional, determinado e eficiente, uma mulher é vista como insegura, histérica e necessitada das atenções masculinas (estou a tentar tornear a situação, mas a verdade é que a consideram mesmo mal comida).

Senhores (e senhoras, que há algumas que alinham pela mesma bitola), por muito que vos custe admitir, há mulheres que têm uma personalidade forte e combativa. Só isso. Por norma, são as que chegam mais longe, as que têm de lidar com homens como seus subordinados, e as que, por isso mesmo, se expõem mais a comentários maldosos de quem não consegue suportar ver um espécime do sexo feminino chegar tão longe. E sobretudo ter de aceitar e implementar as suas ideias.

Aceitem as coisas tal como são: de facto, as mulheres, tal como os homens, sofrem com mau sexo (ou com a inexistência do mesmo). E tal situação pode, de facto, reflectir-se noutras áreas da sua vida. No entanto, não podem recorrer a esta desculpa sempre que não conseguirem argumentar de forma capaz ou tiverem de vergar as costas perante uma pessoa hierarquicamente superior. Há que, pelo menos, colocar a hipótese de a pessoa em questão estar a fazer exactamente aquilo para que lhe pagam: defender as ideias em que acredita e promover a sua implementação, da melhor forma que é capaz, e dentro dos traços que definem a sua personalidade.

E pode ainda acontecer que a dita pessoa esteja plenamente realizada sexualmente. São raras as que se podem gabar disso, eu sei. Mas, a ser assim, de quem é então a culpa?

Nota – Livrem-se de pensar “Do que ela precisa sei eu…”.

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