segunda-feira, agosto 18, 2008

Confrontos


Os brasileiros têm um ditado que reflecte de forma perfeita a minha posição face aos confrontos: “Eu dou um boi para não entrar numa discussão. Mas, depois de lá estar, dou uma boiada para não sair.”.

De facto, eu odeio discutir. Nada me incomoda mais do que pensar em tirar satisfações com outra pessoa, em elevar a voz e ter de impor (de forma mais ou menos agressiva) as minhas opiniões ou críticas. Se existem pessoas que anseiam o confronto, pessoas para as quais este funciona como um escape, e que inclusive se oferecem para debater as questões e chatices dos outros (eu já conheci - e ainda conheço – algumas), eu não sou uma delas. Apesar de secretamente invejar esta apetência e, sobretudo, a capacidade de entrar em conflito com os outros sem pestanejar, eu nunca o consigo fazer com leveza e desenvoltura. Tento sempre seguir a via da diplomacia e da argumentação calma e racional. Mas nem sempre resulta.

Ora, é nestes casos em que não resulta que o caldo se entorna. Porque se é certo que evito iniciar ou dar seguimento a conflitos, também o é que não lhes fujo, nem levo desaforos para casa. Quando entro numa situação destas, das duas uma: ou já não existe outra forma de resolver a situação, ou fui provocada com algum comentário menos feliz (leia-se “idiota”). Assim, uma vez envolvida num confronto seja com quem for, o meu rastilho é muito curto e os meus argumentos tendem a evoluir da moderação e racionalidade para o acinte. Demasiadas vezes atiro a matar, procurando anular o interlocutor de imediato e sem retaliação. Ás vezes corre bem (quando a inteligência de argumentos e postura mútuas encerram a questão rapidamente), outras nem por isso (quando não há argumentação que valha e a discussão escala e escala até atingir um ponto sem retorno).

Para finalizar, se tivesse de resumir a minha postura sobre este assunto teria de conjugar 2 vertentes:
- Nunca se deve provocar uma discussão, evitando confrontos fortuitos;
- Mas, “se te morderem, lembra-te que também tens dentes” porque “quanto mais te baixas mais se te vê o …”.

Imagem: retirada do blog oficinadegerencia.blogspot.com

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